10/10/2012
Walter Marquart
Temos sido imprevidentes, elegemos políticos indecentes e sem nenhum vínculo com o civismo, tão sublime para o regime democrático. Está provado o que todos já sabiam, a República foi conspurcada. “A ignomínia, que barbariza e desumana o escravo, conspurca a família livre, escandaliza no lar doméstico a pureza das virgens e a castidade das mães”. (Rui Barbosa – foto) “Como encontrar coragem, esperança e liberdade no esforço árduo do dia a dia?
O que pensar dos homens que os homens reconhecem como grandes? Durante a adolescência, grande número de emoções diferentes, todas tão fortes quanto incompatíveis. Quanto mais beleza, poesia e natureza se encontram, quero como nunca, encontrar qualquer espécie de esperança para os destinos da humanidade”. “Mundos sobre mundos vão rolando da criação à senescência. São como bolhas sobre um rio, que brilham, rebentam, são levadas e como as ondas, os ventos, as borrascas, quase tudo o que é da natureza e não podem ser conspurcados pela miséria dos homens. Mar insondável, cujas ondas são anos; oceano do tempo, cujas águas de funda mágoa. O sal das lágrimas humanas salgou! Tu, mar sem margens, em cujas marés se apertam os limites da mortalidade, que, saciado de presas, mas sempre a pulular por mais, vomitas teus naufrágios nas costas inóspitas! Traiçoeiro na calma, terrível na tormenta, quem se apresentará em ti, mar insondável? (Shelley). A política atual está impondo a pergunta para todos os partidos e a maioria dos seus membros; sabemos que as respostas tem sido iguais a bruma da desonestidade. “Devemos deixar os nossos oponentes pensarem, sabemos o suficiente para saber que eles não podem, assim como nós”. O eleitor deveria partir da cobrança enérgica da ação desenvolvida pelos eleitos, ação sintonizada com a verdade e dignidade e que produza a iluminada justiça.
Promessas e falatório de campanha não produzem frutos! O eleitor deve buscar as perguntas, analisar as respostas, sempre que tiver tempo, mas não deixar que políticos profissionais ocupem os cargos públicos, quando lá, você será a maior vítima. Se você, eleitor, for disciplinado, colherás menos arrependimentos e mais vitórias. Se votas levado pela onda, pelo sussurro e em alguns casos, pelo prometido prêmio pecuniário, não importa o tipo da Bolsa, você realmente não sabe o que quer ou o que a sua família necessita. Li, não me lembro de quem o autor, as regras básicas para o eleitor consciente. “What” (o que deve ser feito – as prioridades e seus projetos), “Where” (onde deverá ser feito – medidas as necessidades), “Who” (quem executará – desempenho e capacidade), “When” (prazos início e fim de cada atividade, contrato, obra, “Why” (razão da existência do projeto – afugentar o amanha caótico) e “How” (roteiros e rotinas necessárias – orçamento, custo e possibilidade). Ao eleitor não deveria bastar as respostas para dizer não: megalomania, endeusamento próprio, endividamento, começar obras novas e deixar as iniciadas paradas, porque foi o antecessor quem as iniciou, só aumentam o mar de lágrimas, formando um rio de frustrações, que não fará do menino um estudioso, não dará saúde ao doente ou proporcionará mobilidade com garantia de voltar ao lar.
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