Carlos Chagas
Através de seu advogado, Marcos Valério negou haver dito que o Lula era o chefe da quadrilha do mensalão. Segundo a revista Veja, o publicitário teria feito essas e outras revelações a pessoas de sua intimidade, inclusive elevando para mais de 350 milhões de reais o dinheiro desviado para comprar deputados dispostos a vender seus votos para o governo.
A menos que o semanário apresente provas testemunhais das alegadas inconfidências de Valério, prevalecerá a informação do advogado Marcelo Leonardo. Precipitaram-se, assim, José Serra e Agripino Maia, anunciando que PSDB e DEM irão à Justiça para processar o ex-presidente da República.
Para o presidente nacional do PT, as “baixarias” começaram, agora que o julgamento do mensalão entra em sua fase aguda. Dificilmente Marcos Valério escapará da prisão em regime fechado, tais as condenações que vem recebendo. Se tempos atrás ouviu promessas do PT de que seria blindado, perdeu a proteção, aliás inadmissível quando se atenta para a honradez dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Numa palavra, a temperatura eleva-se a cada dia, parecendo provável que atinja as próximas eleições municipais. Se o PT não conseguir eleger mais do que dois prefeitos de capitais estaduais, poderá sofrer as conseqüências nas eleições gerais de 2014. A três semanas da escolha de prefeitos e vereadores em todo o país, são negativas as perspectivas para o partido, coisa capaz de refletir-se na renovação de suas bancadas na Câmara e no Senado.
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AÉCIO: A RETOMADA
AÉCIO: A RETOMADA
De Minas vem a informação de que passadas as eleições, e em especial se Marcio Lacerda for reeleito em Belo Horizonte, Aécio Neves botará sua procissão na rua. Está disposto a antecipar a campanha para a presidência da República, dedicando-se a ela durante todo o ano de 2013.
Pretende dar ao PSDB um sentido novo, de renovação, para o que percorrerá todos os estados, mais de uma vez, sedimentando sua candidatura. As dificuldades enfrentadas por José Serra na campanha para a prefeitura de São Paulo estão enfraquecendo suas chances de disputar o palácio do Planalto, sobrando o governador Geraldo Alckmin, impossibilitado de imitar Aécio, dados seus compromissos com a administração paulista.
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