Carlos Newton
A desnacionalização da chamada indústria da defesa é preocupante. As multinacionais estão entrando com força no mercado nacional, para ocupar um setor altamente estratégico. Em recente evento da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) , aqui no Rio, tive a oportunidade de assistir a um importante discurso do Comandante do Exército, general Enzo Peri, em que demonstrou preocupação com o assunto.
Gen. Enzo: desnacionalização
Na abertura da reunião, o presidente da Adesg, Pedro Berwanger, pronunciou um breve discurso, em que abordou a importância da chamada Força Terrestre em tempo de guerra e de paz, como parceira da sociedade brasileira em seu desenvolvimento socioeconômico.
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EMPRESAS NACIONAIS
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O dirigente da Adesg citou a atuação do Exército na fixação das fronteiras e na construção de vias no interior do país, além de sua presença permanente na garantia constitucional do cumprimento da lei e da ordem. Em seguida, falou sobre a campanha da FEB na Itália e se emocionou, por ser filho de um pracinha, o Tenente Berwanger.
Ao agradecer a homenagem, o comandante do Exército, general Enzo Peri, disse que as Forças Armadas precisam estar à altura da importância que o Brasil hoje tem no cenário internacional, como sexta maior economia do mundo. Nesse sentido, afirmou ser necessário um maior repasse de recursos para reequipar e manter as três Armas e defendeu que a indústria de defesa tenha a participação de mais empresas brasileiras, porque está havendo desnacionalização do setor. Fez então uma pausa e reforçou: “Eu me refiro a empresas genuinamente brasileiras”.
Ao final, o General Enzo lembrou que as pesquisas indicam que 72% dos brasileiros dão credibilidade às Forças Armadas, como principal instituição do país. “Os outros 28% ainda vão chegar lá; é que eles ainda não nos conhecem”, destacou, sorrindo.
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