quarta-feira, 10 de outubro de 2012

INVASÃO DE PRIVACIDADE



Hélio Garcia
A Web realmente mudou a percepção que temos sobre privacidade. A Internet e os computadores com câmeras revolucionaram o modo como nos comunicamos, tornando possíveis novas e infinitas oportunidades de interagir e compartilhar informações. Mas, se, por um lado, esta revolução contribui para o desenvolvimento acelerado de uma comunidade virtual de âmbito mundial, por outro lado, todos  passaram a ter acesso e poder de processar informações sobre os indivíduos, num ritmo cada vez mais rápido e intenso.
Isto significa que este meio de comunicação interativa está também aumentando o risco para os indivíduos de  serem envolvidos em situações embaraçosas.
Vejam só o que realmente aconteceu quando estava a parlamentar com o nosso Editor-Chefe, infelizmente na hora que a minha Oficial de Higienização Doméstica (cargo devidamente apropriado), estava a passar um paninho molhado na janela do meu segundo quarto transformado em escritório, como se pode ver na ilustração: Giulio perguntou-me o que era aquilo atrás de mim, mas ele estava se referindo a um quadro que carinhosamente ganhei de um sobrinho muito especial. Levantei-me e deixei a câmera direcionada para a janela, que realmente fica pouco atrás do pequeno móvel que abriga o computador e seus periféricos.
Fato acontecido, aproveitei a oportunidade para pleitear módica ajuda de custo para a dita cuja, já que ela está me ajudando, e muito, em outras atividades, principalmente dando sugestões para a redação de matérias para o Blog.
Num primeiro momento tive meu pleito recusado sob alegação de que as finanças do Blog não comportaria óbolo(1) para custeio de atividades paralelas do colaborador, mas tenho certeza tal decisão deverá ser reconsiderada, senão para que eu remunere a dita, pelo menos prá pagar minha travessia, depois que a Da.Marias das Couves acessar o Blog hoje. Hospital não será necessário. Agora, pergunto: Tenho ou não tenho razão para a minha solicitação…?
(1)  Na Grécia, Óbolo era uma moeda de menor valor, correspondendo à sexta parte de uma dracma, pesando 0,5 grama de prata. Era costume grego colocar uma moeda, chamada óbolo (1), sob a língua do cadáver, para pagar Caronte, o barqueiro, pela viagem de atravessar o rio Aqueronte. Se a alma não pudesse pagar, ficaria forçosamente na margem errada para toda a eternidade, e os gregos temiam que pudesse reguressar para perturbar os vivos. Na mitologia grega, Caronte (em grego antigo: Kháron) é o barqueiro do Hades (Inferno), que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia antiga.

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