03/10/2012
Magu
Vamos a mais um causo do meu amigo que já contou vários. Aconteceu no Rio de Janeiro, um dia, onde ele trabalhava, apareceu nos serviços gerais o Zé, que vinha de um lugarejo perto de Guarabira, na Paraíba.
Vamos a mais um causo do meu amigo que já contou vários. Aconteceu no Rio de Janeiro, um dia, onde ele trabalhava, apareceu nos serviços gerais o Zé, que vinha de um lugarejo perto de Guarabira, na Paraíba.
Trabalhava no mesmo local o Deusdedit, que era um sargento da aeronáutica, reformado e fazia-se de rádio-operador. Todavia, ele era o grande gozador da firma.
De uma feita entra no banheiro e vê o Zé sentado no vaso, mas com o pau pendurado do lado de fora. Meio surpreso perguntou o que era aquilo? “é pra não afogar a chapeleta”. O Deusdedit imediatamente o apelidou de Tripé, e o Zé passou a ser chamado assim.
Numa sexta feira, quando recebeu seu primeiro pagamento, quis ir a Zona do Mangue, pois soubera por um conterrâneo que estive no Rio, que o local tinha pra mais de 100 mulheres e era só escolher a que se queria.
Queria saber como chegar lá, quem o orientou, como não poderia deixar de ser, foi Deusdedit. Dessa forma o Zé, mais feliz que pinto em bosta, partiu sorridente para sua grande farra.
Quando chegou a segunda feira todos estavam ansiosos para saber como ele tinha se saído. Nisso chegou o próprio arrastando seu andar preguiçoso e rindo pelo simples fato de não saber o que fazer.
Logo Deusdedit se adiantou perguntando: “E aí Tripé, como é que foi?”, o Zé todo encabulado balançava a cabeça e ria. Alguém que estava no grupo revelando impaciência gritou: “Conta logo essa porra!”.
“Pois é – começou o Zé, com uma fala arrastada de quem está querendo dormir – cheguei lá e até me engasguei de ver tanta mulher só de guarda peito e calçola, era uma fartura, levei mais de hora pra escolher. Depois, seu moço, arrumei uma mais bonita que andar pela rua e achar pedaços de ouro.
Ri, ela me pegou pela mão levando eu até um quarto e mandou que tirasse a roupa. Ela virou de costas e tirou a dela e quando virou me viu nu. Olho pra dentro de meus olhos e perguntou: ‘O que você fazer aqui?’, ai eu disse que tinha vindo metê, então ela me olho de novo e disse ? ‘Aqui não, você tem que ir num curral e procurar uma égua!’ Ai eu falei que tava ‘percisando’. “Ta bem – ela falou – mas vai ter que pagar ‘drobado’. Tornou a me pegar pela mão e me levou para outro quarto onde tinha uma baixinha”.
Nesse ponto o Zé parou como se tivesse dado a conversa por encerrada. “E aí Tripé?” gritou irritado Deusdedit. “Aí eu paguei “drobado”, mas também dei “drobado”. E abriu-se num sorriso dos puros.
Mas Deusdedit não estava satisfeito e continuou. “E o que a mulher falou?”
“Falou nada não, era muda, né”. Fim de papo.
(1) Foto: O Zé Tripé, com a roupa que usa para trabalhar, causando nas coroas um fingido escândalo, mas na realidade, tem frêmitos de desejos recalcados.
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