MATERIAL DO MESMO PENICO
04/10/2012
…MUDA SOMENTE O FEDOR
Giulio Sanmartini
A presidente Dilma Rousseff, sempre pode, diz que recebeu de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, uma “herança bendita”. Na prática a herança que recebeu foi a de assumir as partes mais negativas do desvairado Lula.
Um dos itens mais badalados é o programa que pretende extinguir a estrema miséria no país, para isso, com rojões de apito e o escambau dona Dilma lançou o programa Brasil sem Miséria em junho de 1911, cujo objetivo seriia o de retirar da situação de pobreza extrema 16,2 milhões de pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês.
A presidente Dilma Rousseff disse em entrevista exclusiva ao jornal britânico Financial Times,publicada na edição desta quarta-feira (3), que um dos ganhos importantes que o Brasil teve em quase dez anos de governo do PT foi conquistar uma população de classe média. “Nós queremos um Brasil classe média”. O artigo do jornal afirma que um progresso notável foi feito para melhorar a sorte de milhões de pessoas em um país que continua tendo uma das sociedades mais desiguais do mundo.
Há mais de um ano, (6/6/2011) que Dilma vem usando a criação desse programa como um sistema de auto promoção desde junho, como pode se ver no vídeo “Café com a Presidenta” (Brasil Sem Miséria).
Todavia as coisas não estão como a presidente anuncia. Primeiro a uma discrepância no que se refere ao número de miseráveis no país, são consideradas, pelo governo, nesse estágio quem tem renda mensal familiar de até R$ 70 por pessoa. Segundo o censo de 2010 indicou a existência de 16,2 milhões de miseráveis ou 8,5% da população, o dobro dos números apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011), que os calcula em 8 milhões. Claro que o governo ficou com o segundo.
O número de miseráveis caiu de 8.520.271, em 2009, para 8.054.775, em 2011, uma diminuição de 465 mil pessoas no universo de extremamente pobres, conforme a Pnad.
Dilma, que assumiu o cargo com a promessa de erradicar a pobreza extrema até o fim de 2014, pelo a diminuição apresentada até agora ele não tem a mínima condição de cumprir sua promessa, pois nesse ritmo seriam necessários 16 anos para atingir o objetivo.
Tudo faz lembrar as promessas da qualidade de saúde, da auto-suficiência de petróleo ou da construção de 2 milhões de casas populares, gritadas safadamente por Lula.
Só há uma diferença entre Lula e Dilma, o primeiro ludibria fingindo ser bem humorado, enquanto Dilma faz o mesmo, mas não consegue disfarçar sua cara de cachorro querendo brigar.
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