sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PINTURA DO DIA - :"O Juramento dos Horácios", (Le Serment des Horaces)



Análise da obra:"O Juramento dos Horácios", de Jacques -Louis David




Le Serment des Horaces ( O Juramento dos Horácios) de Jacques-Louis David foi concluído em 1784, tem 3,3 por 4,25 metros, e foi encomendado pelo rei de França, Luís XVI. Encontra-se no Museu do Louvre, em Paris.
A pintura é uma representação de uma passagem da peça Horácio, do dramaturgo francês Pierre Corneille. Verdadeira ou lendária a luta entre Horácios e Curiácios foi registada, no século I a. C., pelo historiador Tito Lívio na obra "Ab Urbe Condita" . A cena representada refere-se às guerras entre Roma e Alba Longa, em 669 a.C. No reinado de Tullus Hostilius, deflagrou uma guerra entre Roma e Alba Longa para disputarem o domínio da Itália Central. Decidiu-se então, para evitar o derramamento de muito sangue e para salvar vidas de ambas as cidades, que a disputa se resolveria num combate mortal entre três irmãos romanos - os Horácios, e três irmãos albanos - os Curiácios, cujas famílias tinham relações familiares muito próximas. Da luta travada entre os dois grupos resultou a morte de dois irmãos Horácios. Os albanos festejavam já a vitória, quando o terceiro romano, Publius Horacius fingiu fugir.  Os Curiácios partiram em sua perseguição, decidindo a dada altura separar-se, seguindo cada um para seu lado, no encalce do adversário. Publius Horacius conseguiu enganá-los, voltando atrás e surpreendendo-os quando estavam separados. Apanhando-os a sós, eliminou-os um a um.
Publius retorna a Roma, atravessa as portas da cidade em triunfo, entre a aclamação do povo, mas ao chegar à praça principal encontra, entre a população, a sua  irmã Camila, que tinha ficado noiva de um dos irmãos Curiácios. Esta ao reconhecer o manto que o irmão trazia aos ombros, como sendo um que ela tinha feito para o seu amado, apercebeu-se da terrível verdade e começa a chorar.
Publius Horacius enfurece-se por a irmã derramar lágrimas por um inimigo, precisamente no momento em que comemorava a vitória de Roma. Então, de imediato desembainha a espada e mata-a, exclamando: "Assim morra todo aquele que chora um inimigo de Roma!".
As acções dos Horácios tornaram-se um símbolo do patriotismo romano, segundo o qual o Estado estava acima do indivíduo.
Jacques-Louis David pretendeu mostrar com a obra "O Juramento dos Horácios" que o cumprimento do dever está acima de qualquer sentimento pessoal, tal como o fizeram os três irmãos Horácios que juraram derrotar os inimigos ou morrer por Roma.
Na obra aparecem três homens vestindo trajes de luta, com os braços levantados em direcção a outro homem, que levanta três espadas ao alto. No lado direito da obra estão três mulheres sentadas, de olhos fechados, com gestos e expressões de consternação. Os três homens são os irmãos Horácios, prestando juramento de lealdade e solidariedade a Roma. O homem que segura as espadas e que toma o juramento é o pai Horácio, e atrás deles está Camila Horácio, de branco. No centro da pintura verifica-se a acção principal, o ritual de juramento, os homens apresentam expressões enérgicas. A atmosfera de virilidade e de robustez expressa-se nas quatro personagens, sob a frieza das  colunas dóricas ao fundo. Estas estão em contraposição às mulheres representadas, inertes e passivas. 
A obra, encomendada pelo rei Luís XVI, foi concluída em 1784 e exposta pela primeira vez em 1785.  A obra é considerada o paradigma da pintura neoclássica, convertendo-se em  modelo a ser seguido por pintores posteriores. Revela aspectos do final do período moderno, como a intenção da nobreza e monarquia em resgatar valores da Roma Antiga, como o civismo e a virtude, e o bem colectivo sobre os interesses individuais.

Jacques-Louis David

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Jacques-Louis David (pronúncia francesa [ dɒvid1 ] ) (Paris30 de agosto de 1748 – 
Bruxelas29 de dezembro de 1825) foi um pintor francês, o mais característico
 representante do neoclassicismo. Controlou durante anos  a atividade artística
 francesa, sendo o pintor oficial da Corte Francesa e de Napoleão Bonaparte.
Jacques-Louis David nasceu de uma próspera família parisiense. Quando tinha nove anos seu pai foi morto em duelo, e sua mãe o entregou aos cuidados de seus tios abastados, que providenciaram para que ele tivesse uma educação primorosa no Collège des Quatre-Nations, mas ele jamais foi um bom aluno - sofria de um tumor na face que afetava sua fala, e passava o tempo a desenhar. Desejava ser pintor, contrariando os planos de sua mãe e tios, que o queriam um arquiteto. Vencendo a oposição, buscou tornar-se aluno de François Boucher, seguidor do rococó e o principal pintor de sua geração, que era também seu parente distante. Mas Boucher, em vez de aceitá-lo como discípulo, o enviou para aprender com Joseph-Marie Vien, um artista que já trabalhava numa linha classicista, e o jovem ingressou então na Academia Real.
Tentou o Prêmio de Roma por quatro vezes, sendo em todas preterido. Depois do quarto fracasso iniciou uma greve de fome, mas não a levou ao cabo. Finalmente em 1774 teve sucesso, dirigindo-se a Roma para ingressar na Academia de Roma, e a ajuda do professor Vien o poupou de um estágio preliminar em outra escola, o que era uma praxe. Lá executou inúmeros desenhos e esboços das ruínas da cidade histórica, material que o proveu de inspiração para as arquiteturas de suas telas ao longo de toda a vida. Estudando os antigos mestres, sentia uma predileção por Rafael Sanzio, e ao visitar Pompeia ficou maravilhado. Depois destas impressões tão fortes decidiu adotar em seus trabalhos um estilo de acordo com os conceitos do classicismo.

David revolucionáriO


Momento marcante da Revolução que ele fixou em tela foi a
 Morte de Marat, um testemunho de sua filiação política e ao mesmo tempo uma obra-prima. Quando apresentou a tela na Convenção, disse:"Cidadãos, o povo novamente clamou por seu amigo; sua voz desolada foi ouvida: 'David, toma teus pincéis, vinga Marat!'… Eu ouvi a voz do povo, e obedeci". A obra foi um sucesso político imediato, e tornou-se também uma de suas criação mais bem sucedidas - simples, direta, e poderosamente tocante - consagrando o retratado, agora um mártir cívico, e o autor no ambiente revolucionário, onde ele, como auxiliar de Robespierre no Comité de Segurança Geral, foi um dos mais ferventes promotores do Terror.4 A esta altura a França estava envolvida em uma guerra com outras potências europeias, e aparentemente estava em vantagem. Assim o estado de emergência que havia suscitado o Comitê de Segurança Geral deixou de existir. Conspiradores aproveitaram o momento e prenderam Robespierre. Apesar de manifestar seu apoio a ele, David não foi executado, apenas preso. Na prisão fez um auto-retrato, mostrando-se muito mais jovem do que aparentava. Visitado por sua esposa no cárcere, concebeu a ideia para uma nova obra, A intervenção das Sabinas, como um apelo pela reunião nacional e pela paz, depois de tanto sangue derramado.David apoiou a Revolução Francesa desde o início, era amigo de Robespierre e membro do Clube dos Jacobinos. Enquanto outros deixavam o país em busca de novas oportunidades, David permaneceu para auxiliar na queda do antigo regime, votando pela morte do rei; de fato, na primeira Convenção Nacional que se reuniu ele foi alcunhado de "terrorista feroz". Logo, porém, ele voltou sua crítica contra a Academia, possivelmente por causa da hipocrisia que sentia nos bastidores e da oposição que suas obras haviam sofrido no início de sua carreira. Seus ataques lhe trouxeram ainda maiores inimizades, uma vez que a instituição era um refúgio dos realistas, mas com o aval da Assembleia Nacional ele planejou reformas na antiga escola segundo a nova constituição, passando a desempenhar um papel de propagandista da República tanto por sua atuação pública como através de suas pinturas.Quando Voltaire morreu em 1778 a Igreja negou-lhe sepultura cristã, e foi enterrado perto de um mosteiro, mas quando as propriedades eclesiásticas foram confiscadas David foi indicado chefe de uma comissão para trasladar os despojos dofilósofo para o Panteão. A cerimônia mobilizou uma multidão de cem mil pessoas, a despeito da chuva e do protesto dos conservadores. Foi o primeiro de uma série de grandes festejos organizados pelo pintor para a República, que espelhavam os antigos ritos pagãos, fazendo uso de uma série de símbolos retirados da antigüidade greco-romana.3 Os líderes da revolução logo compreenderam o enorme apelo que tais festas exerciam sobre a massa popular, por sua rica visualidade carregada de símbolos, sua teatralidade, e tais métodos foram mais tarde usados por Lenin, Hitler e Mussolini como instrumento de sua propaganda. O último grande festival organizado por David, e dedicado ao Ser Supremo, foi por ocasião da decapitação de Maria Antonieta.
Napoleão e David admiravam-se mutuamente. David desde o primeiro encontro ficara impressionado com o então general, e quando este subiu ao trono David solicitou fazer o seu retrato. Depois o pintou na cena da coroação, nas bodas com Josefina, outra grande composição, e de novo na da Passagem dos Alpes, montado em um fogoso cavalo. Por sua vez, Napoleão o indicou pintor oficial da corte, e pediu que ele o acompanhasse na campanha do Egito, mas o pintor recusou, alegando que era velho demais para aventuras, e enviou em seu lugar um de seus estudantes, Antoine-Jean Gros.Amizade com Napoleão[editar]Logo Napoleão reinava, e o ambiente se transformara radicalmente. Os mártires da Revolução foram removidos do Panteão e re-enterrados em vala comum, e suas estátuas destruídas. Sua esposa, que era realista, conseguir livrar David da prisão, e apesar de terem-se divorciado desde o episódio do regicídio, ela declarou que nunca deixara de amá-lo, e por fim voltaram a se casar em 1796. Reabilitado e reintegrado em seu atelier e posição, voltou a aceitar alunos e se retirou da política.

Últimos anos

Quando a monarquia Bourbon foi restaurada David foi um dos proscritos. Contudo Luís XVIII concedeu-lhe anistia e até mesmo ofereceu-lhe uma posição na corte, mas David recusou, preferindo o auto-exílio em Bruxelas. Lá pintou Cupido e Psiquê, vivendo tranqüilamente com sua esposa, e dedicando-se a composições em pequena escala e a retratos. Sua última grande criação foi Marte desarmado por Vênus e as três Graças, terminada um ano antes de sua morte. Segundo expressou, desejava que a obra fosse o seu testamento artístico. Exposta em Paris, reuniu uma multidão de admiradores.
Faleceu depois de ter sido golpeado por um carro na saída do teatro, em 29 de dezembro de 1825. Seu espólio foi vendido, mas as pinturas remanescentes obtiveram baixos valores. Por suas atividades revolucionárias seu corpo foi impedido de retornar à pátria, e foi sepultado no cemitério Evere, em Bruxelas. Seu coração, porém, repousa no cemitério Père Lachaise, em Paris.

Jacques-Louis David
Auto retrato (1794).
Nome completoJacques-Louis David
Nascimento30 de Agosto de 1748
ParisFrança
Morte29 de dezembro de1825 (77 anos)
BruxelasPaíses Baixos
NacionalidadeFrança francês
Influências
Influenciados
Principais trabalhosO Juramento dos Horácios(1784)
A Morte de Sócrates (1787)
A Morte de Marat (1793)
Napoleão cruzando os Alpes(1800)
PrémiosPrix de Rome (1774)
ÁreaPinturadesenho
FormaçãoCollège des Quatre-Nations
Movimento(s)Neoclassicismo


Neoclassicismo

Foi um movimento cultural nascido na Europa em meados do século XVIII, que teve larga influência na arte e cultura de todo o ocidente até meados do século XIX. Teve como base os ideais do Iluminismo e um renovado interesse pela cultura da Antiguidade clássica, advogando os princípios da moderação, equilíbrio e idealismo como uma reação contra os excessos decorativistas e dramáticos do Barroco e Rococó.


Contexto e caracterização geral

Os primeiros sinais do Neoclassicismo se fazem notar em vários pontos da Europa nas primeiras décadas do século XVIII, embora desde já se deva advertir que a cronologia dos estilos é sempre muito polêmica, e seus limites, muito imprecisos. O Neoclassicismo, como o nome indica, foi um movimento cultural revivalista, que voltou-se para a Antiguidade clássica - a Grécia e a Roma antigas - como a principal referência estética e modelo de vida. Considerava-se há muito tempo que a tradição clássica, onde se incluía a cultura renascentista, ela também um revivalismo classicista, era imbuída de grande autoridade moral e estética, e por isso era um modelo ideal. De fato, a "volta aos clássicos" é um fenômeno recorrente na história da cultura do ocidente.

Apesar de a arte clássica ser apreciada desde muito antes, segundo Cybele Gontar era-o de forma circunstancial e empírica, mas agora o apreço se construía sobre bases mais científicas, sistemáticas e racionais. Com essas descobertas arqueológicas e estudos teóricos tornou-se possível formar pela primeira vez uma cronologia da cultura e da arte dos gregos e romanos, distinguindo o que era próprio de uns e de outros, e fazendo nascer um interesse pela tradição puramente grega que havia sido ofuscada pela herança romana, ainda mais porque na época a
 Grécia estava sob domínio turco e por isso, na prática, era pouco acessível para os estudiosos e turistas do Ocidente cristão.
Acrescente-se a isso a descoberta de
 Herculano e Pompeia, duas antigas cidades romanas soterradas por uma erupção do Vesúvio, uma grande surpresa para os conhecedores e o público, tornando-se logo uma parada obrigatória no Grand Tour europeu e local de pesquisa para artistas e antiquários. Embora as escavações que começaram a ser realizadas nas ruínas em 1738 e 1748 não tenham encontrado grandes obras-primas, trouxeram para a luz uma quantidade de relíquias e artefatos que revelavam aspectos do cotidiano romano até então desconhecidos. Seguiram-se outras pesquisas sistemáticas da arte e cultura antiga, formaram-se importantes coleções públicas e privadas de arte e artefatos antigos e o "estilo grego" se tornava cada vez mais um favorito para os decoradores, estilistas de moda e arquitetos. Esses fatores contribuíram de forma importante para a educação de um maior público e para um alargamento da sua visão sobre o passado, estimulando uma nova paixão por tudo o que fosse antigo.
Também foi inestimável a contribuição de acadêmicos e antiquários como
 Robert Wood, John Bouverie, James Stuart, Robert Adam, Giovanni Battista Borra e James Dawkins, que publicaram a partir do século XVIII vários relatos detalhados e ilustrados de expedições arqueológicas, sendo especialmente influentes o tratado de Bernard de Montfaucon, L'Antiquite expliquee et representee en figures (1719-24), fartamente ilustrado e com textos paralelos em línguas modernas, não apenas no latim como era o costume acadêmico, e o do Conde de Caylus, Recueil d'antiquites (1752-67), o primeiro a tentar agrupar as obras de arte da Antiguidade clássica segundo critérios de estilo e não de gênero, abordando também as antiguidades celtas, egípcias e etruscas. Os escritos de Johann Joachim Winckelmann - um erudito alemão de grande influência entre os intelectuais italianos e alemães, incluindo Goethe, e muitas vezes considerado o principal mentor teórico do movimento - enalteceram ainda mais a arte grega, e vendo nela uma "nobre simplicidade e tranqüila grandeza", apelou para que todos os artistas a imitassem, restaurando uma arte idealista que deveria ser despida de toda transitoriedade, aproximando-se do caráter do arquétipo. Seu apelo gerou sonora resposta. A história, literatura e mitologia antigas voltavam a ser a fonte principal de inspiração para os artistas, ao mesmo tempo em que eram reavaliadas outras culturas e estilos antigos como o gótico e as tradições folclóricas do norte europeu, produzindo uma heterogeneidade de tendências que tornam o estudo deste período por vezes bastante árduo. Uma série de fatores se conjugaram para que em meados do século XVIII houvesse nascido uma nova corrente classicista, nítida e influente, centralizada em Roma, convivendo com e combatendo as últimas manifestações do Barroco e doRococó. Dois fatores foram principais: em primeiro lugar, o esgotamento da fórmula barroca e a condenação do que se viu nela como excessos, peso, decorativismo fútil, falta de decoro e irregularidade, acompanhado por um crescente interesse pela Antiguidade clássica de modo geral, com seus valores de racionalismo, modéstia, equilíbrio, harmonia, simplicidade formal, idealismo e desapego do luxo. Em segundo, o Neoclassicismo está intimamente ligado ao declínio da influência da religião e à ascensão dos ideais do Iluminismo, que tinham base no racionalismo, combatiam as superstições e dogmas religiosos, e enfatizavam o aperfeiçoamento pessoal e o progresso social dentro de uma forte molduraética. Os valores clássicos permaneceram uma forte referência nas academias de arte e de ciências mesmo durante o Barroco, o estilo anticlássico por excelência.

O Neoclassicismo conheceu seu ponto mais alto entre meados do século XVIII e as décadas iniciais do século XIX, quando Winckelmann fazia grande propaganda da cultura antiga e nas artes brilhavam
 Goethe, David, Haydn, Mozart e Canova, além de muitos outros. É uma das características deste período a coexistência do Neoclassicismo com um outro movimento cultural também de larga influência: o Romantismo. Ambos foram em muitos pontos estilos antitéticos, pois o Romantismo tendia a enfatizar o drama, o movimento, a visão individual, o irracional, o misticismo e a emoção, mas por outro lado, não era inteiramente avesso à referência clássica nem ao idealismo, tendo nascido também sob influência do Iluminismo. Muitas vezes será difícil distingui-los. Ao longo do século XIX ambas as escolas viriam a dialogar e se fundir cada vez mais, gerando o Academismo eclético, prosaico e sentimental do fim do século. No início do século XX o Neoclassicismo - bem como o Romantismo - havia sido suplantado pela estética modernista, embora continuasse a gerar frutos em algumas regiões. Na década de 1980, cultivada pelos pós-modernos, uma forma atualizada de Classicismo apareceu em cena com algum ímpeto, manifestando-se em várias formas de arte.O movimento teve também conotações políticas, já que a origem da inspiração neoclássica era a cultura grega e sua democracia, e a romana com sua república, com os valores associados de honradeverheroísmocivismo e patriotismo. Como consequência, o estilo neoclássico foi adotado pelo governo revolucionário francês como arma ideológica contra o "luxo imoral" e a "afetação decadente" das elites, tipificadas na galante e hedonista arte Rococó, pondo de lado a "nobre simplicidade e tranqüila grandeza" de Winckelmann e assumindo ares mais agressivos, dinâmicos, dramáticos e nitidamente propagandísticos, convocando a sociedade à mudança. Teve o pintor Jacques-Louis David como seu campeão e assumiu os nomes sucessivos de estilo Diretório, estilo Convenção e mais tarde, sob Napoleão, estilo Império, influenciando outros países. NosEstados Unidos, no tumultuado processo de conquista de sua própria independência, e inspirados no modelo da Roma republicana, o Neoclassicismo se tornou um padrão patrocinado pelo governo, sendo conhecido como Estilo Federal. Entretanto, desde logo o Neoclassicismo se tornou também um estilo cortesão, e em virtude de suas associações com o glorioso passado clássico, foi usado pelos monarcas e príncipes como veículo de propaganda para suas personalidades e feitos.

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