Mordo os seios que trazes
como fruto celeste
pois no teu corpo a flor
entre ambígua e devassa
prefere o amor da carne
rosa aberta na cama.
como fruto celeste
pois no teu corpo a flor
entre ambígua e devassa
prefere o amor da carne
rosa aberta na cama.
À vontade na cama
o amor contigo trazes
entranhado na carne,
prazer quase celeste
que teu corpo devassa
ofertando-se em flor.
o amor contigo trazes
entranhado na carne,
prazer quase celeste
que teu corpo devassa
ofertando-se em flor.
Sensualíssima flor
desabrocha na cama
e surge mais devassa
nos perfumes que trazes
como essência celeste
espalhados na carne.
desabrocha na cama
e surge mais devassa
nos perfumes que trazes
como essência celeste
espalhados na carne.
Seios, cabelos, carne
convergem para a flor
amorosa e celeste
que se exibe na cama
e que de ambígua trazes
entre casta e devassa.
convergem para a flor
amorosa e celeste
que se exibe na cama
e que de ambígua trazes
entre casta e devassa.
Meu olhar não devassa
o debaixo da carne
que ocultamente trazes
na aparência de flor
largada sobre a cama
entre impura e celeste.
o debaixo da carne
que ocultamente trazes
na aparência de flor
largada sobre a cama
entre impura e celeste.
Nem o som de celeste
permite que a devassa
se complete na cama
adentro e além da carne
enquanto mordo a flor
dos seios que me trazes.
permite que a devassa
se complete na cama
adentro e além da carne
enquanto mordo a flor
dos seios que me trazes.
Não me trazes, celeste,
outra flor que, devassa,
brote em carne, da cama.
outra flor que, devassa,
brote em carne, da cama.
Fernando Antônio Py de Mello e Silva, nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de junho de 1935. É poeta e colunista litrerário do Diário de Petrópolis, cidade onde hoje habita. Fernando é membro da Academia Petropolitana de Letras, ocupando a cadeira 14, cujo patrono é Raimundo Corrêa. Seus livros publicados são Aurora de Vidro (1962), A Crise e a Construção (1969), Vozes do Corpo (1981), Chão da Crítica (1984), Sol Nenhum (1998) e Antiuniverso (1994). Py traduziu todo "Em busca do tempo perdido" de Marcel Proust.
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