segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

FISIOLOGISMO



AnciãoComo acreditar nesse congresso fisiológico que se esconde atrás do voto secreto, quando se trata de punir na própria carne?  Não me consta que existam votos secretos no STF, pois os exemplos sempre devem vir de cima! A respeito, Dora Kramer, uma excelente analista, pegou seu tacape indígena e girou-o, à guisa de Thor, o personagem mitológico que tinha como instrumento sua marreta, o Mjolnir, para acertar os marginais.
Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT)
Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT)
E acertou muitos. Como nosso mui apreciado Marreta® está recolhido ao facebook, que lhe toma todo o tempo, tendo deixado de distribuir suas porradas aqui em nosso jornal, temos que recorrer a Dora, que publicou, na sexta-feira passada, no Estadão, sob o título Leite derramado, uma análise sobre crises. Vocês sabem que eu não sou um redator, por assim dizer. Então, recorro à uma frase irônica do nosso coeditor: “Quem sabe, escreve. Quem não sabe, copeia”. O importante é manter nossos leitores informados.
“O que é uma crise? Depende da situação. Tanto pode refletir uma instabilidade momentânea quanto designar um momento de ruptura. A questão da perda dos mandatos dos deputados condenados no processo do mensalão não se enquadra em nenhuma das duas hipóteses.
Não há perturbações objetivas no presente nem risco de rompimentos futuros. Falar em crise institucional entre os Poderes Legislativo e Judiciário é, portanto, mera figura de retórica. Serve a um teatro montando para atender a dois interesses. De um lado, o intuito de desqualificar as decisões do Supremo Tribunal Federal. De outro, a tentativa oportunista do Congresso de fazer o papel de vítima para passar um verniz em sua arruinada imagem com o discurso de defesa do Estado de Direito. Não haverá confronto entre STF e Parlamento pela simples razão de que para isso é preciso disposição das duas partes. Se a Câmara for de fato à guerra, caso o voto de minerva do ministro Celso de Mello determine a cassação dos mandatos, vai ficar falando sozinha”. (Leia mais Leite derramado ).
Encerrando, como se pode ver, Dora sabe onde bater. Onde dói mais. O único problemas é que nossos parlamentares(?) são insensíveis. A sensibilidade deles se resume, única e exclusivamente, aos próprios bolsos. Isso é resultado de atribuírem poder de voto a analfabetos e semi-alfabetizados, extremamente sensíveis ao paternalismo…

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