segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PRISÃO?



Magu
Num país chamado Banânia Brasil, onde a lei criminal é muito boazinha, gente(?) que  pratica homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e traição), é condenada a 18 anos e seis meses de reclusão, cumpre apenas 6 anos e estamos conversados. Não é uma beleza?
Tal é o caso de Paula Thomaz e Guilherme de Pádua, que assassinaram a atriz Daniella Perez, com 18 tesouradas. E não foi adicionado aos autos esse requinte de crueldade. Agora, livre, casada com o advogado, teve dois filhos com ele e mora em um apartamento de 180 m2, com quatro quartos e uma suite, a duas quadras da praia de Copacabana.  E ainda o marido conseguiu, no ano passado, a sentença judicial de insolvência civil dela, num processo onde se pediu uma declaração de pobreza, obtida, para não pagar custas. O resultado é que ela, pretensamente insolvente, não vai precisar pagar a indenização para Glória Perez e Raul Gazolla. Que país, este! Ela freqüenta um salão onde paga 51 reais para fazer as unhas. Muito pobre, não?
Mas a população carioca me surpreendeu agradavelmente. A revista Isto É fez uma reportagem a respeito dessa idiossincrasia jurídica tupiniquim, dela e de outros casos. A indigitada emagreceu bastante, para dificultar o reconhecimento. Tirou o sobrenome Thomaz e adotou o do marido. Logo depois de sair da cadeia, entrou na Faculdade Candido Mendes para um curso de Direito e só aguentou um ano, trancando a matrícula, porque era hostilizada pelos colegas. Uma ambulante de praia contou contou ao repórter que a viu com o pai, se instalando na praia, e as pessoas do local em torno recolheram suas coisas e se afastaram.Em uma festinha de um dos filhos dela, num bufê, uma da convidadas informou ao repórter que a festa ficou praticamente vai. E os garçons, que a reconheceram, se recusaram a serví-la. Isso tem o nome de rejeição social. Acaba sendo um desenvolvimento da curta pena cumprida.
(1) Foto: Guilherme de Pádua e Paula Thomaz

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