quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ELEITORES EM GREVE



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Até agosto o país foi atingido pela greve de 40 categorias,  que totalizaram 400 mil trabalhadores parados. Só para citar algumas: Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, auditores do trabalho, professores e técnico-administrativos das universidades federais e desde ontem a dos bancários.
O governo do Partido dos Trabalhadores que teve como base as greves no ABC de São Paulo, está tendo de volta o remédio amargo que por anos obrigou aqueles que lhe eram contra a jogar goela abaixo.
Para debelar essa situação de greves está se servindo dos métodos que abominava, quando era pedra. Cortou o ponto dos servidores federais, tentou atacar na Justiça o direito de greve dos servidores tentando substituí-los por servidores municipais e estaduais, se aproveitou da divisão existente na categoria dos professores universitários fazendo um dos sindicatos aceitarem um acordo trianual, tenta processar reitores por pagarem os salários dos professores em greve, entre outras medidas.
Esses canhestros ataques do governo, no entanto, não desmobilizaram as greves, apenas as aumentara.
Essa greve de todo o funcionalismo público é a maior desde o começou do governo Lula, em 2003.
As greves sinalizam a desagradável experiência  dos trabalhadores com os dez anos do governo petista.
Só está  faltando acontecer  a greve preconizada por Sponholz em sua charge.

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