Reação dos pais diante de acontecimentos é referência para os bebês definirem o que é engraçado, mas aos 12 meses eles já têm “opinião própria”
Thais Paiva
OK. Dizer que você é exemplo para o seu filho soa bem clichê. Mas já parou para pensar que até o senso de humor é algo que ele pode aprender com você? É exatamente isso que um estudo preliminar de pesquisadores da Johnson State College e University of New Hampshire, nos Estados Unidos está descobrindo em suas pesquisas.
Para entender como se desenvolve o senso de humor das crianças, eles analisaram 30 bebês em duas fases da vida deles – com 6 meses e 1 ano. As experiências se basearam em duas situações: na primeira, o pesquisador mostrava para as crianças uma figura de um livro e, depois, uma pequena bola vermelha. Em seguida, os mesmos eventos ganharam evidência. O pesquisador balançava o livro aberto na cabeça enquanto dizia "Zoop! Zoop!" e colocava a bola vermelha no nariz e falava "Beep! Beep!".
Diante das cenas, os pais foram instruídos a ter duas posturas: apontar e rir do pesquisador ou permanecer sem expressões. O resultado mostrou que, aos 6 meses, os bebês se interessavam sozinhos mais para aquilo que era considerado um evento absurdo, mas ficavam mais curiosos ao ver os pais rindo de uma situação engraçada.
Já com 1 ano, as crianças riram daqueles eventos absurdos, mesmo quando seus pais não demonstraram qualquer reação. Segundo os cientistas americanos, o senso de humor também entra no quesito “referências sociais” que os filhos ganham a partir dos pais. “Nossa descoberta sugere que aos 6 meses as crianças começam a ver os pais como fonte de informação emocional”, disse Gina Mireault, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal britânico Telegraph. O especialista reforça que já era conhecido que aos 8 meses os filhos observam a reação dos pais para determinar se uma situação é considerada perigosa ou ameaçadora, mas o que não se sabia era que essas referências aconteciam mais cedo ou em outras situações.
Segundo a psicóloga Patrícia Bader, do Hospital São Luiz (SP), durante a primeira infância o senso de humor é muito primitivo, já que a criança é incapaz de entender metáforas elaboradas. “Ela vai achar graça, principalmente, do que os outros riem, num processo de imitação, e de coisas mais exageradas, alegóricas, como é a figura do palhaço, por exemplo.
Mas, a partir dos 8 meses, ela começa a se perceber e interagir com os outros, desenvolvendo a noção de humor”, explica. E nessa fase, diz Patrícia, a criança passa a desenvolver um repertório de referências em sua memória, a partir do que vivenciaram até então – e é ele que vai ajudá-la a saber como deve se comportar diante de algumas situações.
A psicóloga reforça, ainda, que o senso de humor de fato só será desenvolvido mesmo quando há domínio das habilidades cognitivas e de linguagem, principalmente metáforas, ironias, o que vai acontecer bem mais tarde, cuja idade varia de criança para criança.
Vale lembrar que não é só no começo de vida que o seu filho vai ter você como principal fonte de referência. Os pais serão exemplo sempre. “Crianças são influenciadas pela forma como os pais encaram a vida. Um ambiente propício ao bom humor é essencial na hora de ensinar seu filho a rir da vida e de si próprio”, acredita a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).
E ela completa: “Uma criança que lida positivamente com suas emoções têm menos chances de desenvolver problemas psicológicos no futuro. O bom humor funciona como vacina para diversos males”. Quer motivo melhor para dar risada?
Para entender como se desenvolve o senso de humor das crianças, eles analisaram 30 bebês em duas fases da vida deles – com 6 meses e 1 ano. As experiências se basearam em duas situações: na primeira, o pesquisador mostrava para as crianças uma figura de um livro e, depois, uma pequena bola vermelha. Em seguida, os mesmos eventos ganharam evidência. O pesquisador balançava o livro aberto na cabeça enquanto dizia "Zoop! Zoop!" e colocava a bola vermelha no nariz e falava "Beep! Beep!".
Diante das cenas, os pais foram instruídos a ter duas posturas: apontar e rir do pesquisador ou permanecer sem expressões. O resultado mostrou que, aos 6 meses, os bebês se interessavam sozinhos mais para aquilo que era considerado um evento absurdo, mas ficavam mais curiosos ao ver os pais rindo de uma situação engraçada.
Já com 1 ano, as crianças riram daqueles eventos absurdos, mesmo quando seus pais não demonstraram qualquer reação. Segundo os cientistas americanos, o senso de humor também entra no quesito “referências sociais” que os filhos ganham a partir dos pais. “Nossa descoberta sugere que aos 6 meses as crianças começam a ver os pais como fonte de informação emocional”, disse Gina Mireault, um dos autores do estudo, em entrevista ao jornal britânico Telegraph. O especialista reforça que já era conhecido que aos 8 meses os filhos observam a reação dos pais para determinar se uma situação é considerada perigosa ou ameaçadora, mas o que não se sabia era que essas referências aconteciam mais cedo ou em outras situações.
Segundo a psicóloga Patrícia Bader, do Hospital São Luiz (SP), durante a primeira infância o senso de humor é muito primitivo, já que a criança é incapaz de entender metáforas elaboradas. “Ela vai achar graça, principalmente, do que os outros riem, num processo de imitação, e de coisas mais exageradas, alegóricas, como é a figura do palhaço, por exemplo.
Mas, a partir dos 8 meses, ela começa a se perceber e interagir com os outros, desenvolvendo a noção de humor”, explica. E nessa fase, diz Patrícia, a criança passa a desenvolver um repertório de referências em sua memória, a partir do que vivenciaram até então – e é ele que vai ajudá-la a saber como deve se comportar diante de algumas situações.
A psicóloga reforça, ainda, que o senso de humor de fato só será desenvolvido mesmo quando há domínio das habilidades cognitivas e de linguagem, principalmente metáforas, ironias, o que vai acontecer bem mais tarde, cuja idade varia de criança para criança.
Vale lembrar que não é só no começo de vida que o seu filho vai ter você como principal fonte de referência. Os pais serão exemplo sempre. “Crianças são influenciadas pela forma como os pais encaram a vida. Um ambiente propício ao bom humor é essencial na hora de ensinar seu filho a rir da vida e de si próprio”, acredita a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP).
E ela completa: “Uma criança que lida positivamente com suas emoções têm menos chances de desenvolver problemas psicológicos no futuro. O bom humor funciona como vacina para diversos males”. Quer motivo melhor para dar risada?
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