Pela quantidade de relatos de pessoas que tiveram veículos depenados, pode-se deduzir que o abuso não se limita ao depósito flagrado. Fica a impressão de que existe no Estado uma verdadeira rede de rapinagem, operando de modo semelhante e à sombra do descontrole.
O mais chocante deste episódio de rapinagem num depósito de veículos credenciado pelo Detran é a constatação de que as autoridades falham na fiscalização e só agem para corrigir uma flagrante irregularidade depois que a imprensa denuncia. Ontem, o presidente do Departamento Estadual de Trânsito esteve pessoalmente no local denunciado e adotou as providências cabíveis, a interdição do estabelecimento e uma auditagem rigorosa dos veículos lá recolhidos. Espera-se que os ladrões e seus mandantes também sejam identificados e responsabilizados criminalmente, tarefa que caberá à Delegacia de Roubo de Veículos. Por fim, também é desejável que algumas ações preventivas, sugeridas pelo próprio diretor, tais como a melhor capacitação dos agentes policiais que registram as ocorrências, sejam efetivamente implementadas. Mas isso não atenua a perplexidade dos cidadãos com a total omissão do Estado, que chega às raias da cumplicidade. Onde estão os mecanismos de controle dos serviços terceirizados e do próprio poder público?
De acordo com o senhor Alexandre Barcellos, diretor do Detran, o problema começa quando o carro roubado é localizado, pois os agentes públicos, muitas vezes, nem sequer preenchem o chamado check list do veículo _ a relação dos equipamentos e bens apreendidos. As condições do veículo também deveriam constar no boletim de ocorrência policial, o que nem sempre acontece. Diante de tal desleixo, fica facilitado o trabalho dos predadores, que agem na certeza da impunidade. Também deveria ser de conhecimento das autoridades policiais e dos órgãos estaduais a forma como alguns administradores de depósitos tratam os contribuintes, explorando-os com serviços próprios acima do preço de mercado e impedindo que outras pessoas tenham acesso ao veículo.
Pela quantidade de relatos de pessoas que também tiveram veículos depenados depois da apreensão policial, pode-se deduzir que o abuso não se limita ao depósito flagrado. Fica a impressão de que existe no Estado uma verdadeira rede de rapinagem, operando de modo semelhante e à sombra do descontrole. O próprio Detran admite que puniu vários depósitos e descredenciou 11 deles no ano passado, a partir da apuração de denúncias de proprietários de veículos.
Por que esperar pelas denúncias? Não parece tão difícil assim investigar o trajeto de um veículo desde sua apreensão por agentes policiais até a sua devolução para o proprietário. Se a imprensa pôde fazê-lo, por que a polícia não faz o mesmo, de forma preventiva? Uma vez o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que até as pedras sabem que as corregedorias não funcionam quando se cuida de investigar os próprios pares. Referia-se ao Judiciário, mas esse espírito de corporativismo danoso ao contribuinte também é forte em outras áreas do serviço público
De acordo com o senhor Alexandre Barcellos, diretor do Detran, o problema começa quando o carro roubado é localizado, pois os agentes públicos, muitas vezes, nem sequer preenchem o chamado check list do veículo _ a relação dos equipamentos e bens apreendidos. As condições do veículo também deveriam constar no boletim de ocorrência policial, o que nem sempre acontece. Diante de tal desleixo, fica facilitado o trabalho dos predadores, que agem na certeza da impunidade. Também deveria ser de conhecimento das autoridades policiais e dos órgãos estaduais a forma como alguns administradores de depósitos tratam os contribuintes, explorando-os com serviços próprios acima do preço de mercado e impedindo que outras pessoas tenham acesso ao veículo.
Pela quantidade de relatos de pessoas que também tiveram veículos depenados depois da apreensão policial, pode-se deduzir que o abuso não se limita ao depósito flagrado. Fica a impressão de que existe no Estado uma verdadeira rede de rapinagem, operando de modo semelhante e à sombra do descontrole. O próprio Detran admite que puniu vários depósitos e descredenciou 11 deles no ano passado, a partir da apuração de denúncias de proprietários de veículos.
Por que esperar pelas denúncias? Não parece tão difícil assim investigar o trajeto de um veículo desde sua apreensão por agentes policiais até a sua devolução para o proprietário. Se a imprensa pôde fazê-lo, por que a polícia não faz o mesmo, de forma preventiva? Uma vez o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que até as pedras sabem que as corregedorias não funcionam quando se cuida de investigar os próprios pares. Referia-se ao Judiciário, mas esse espírito de corporativismo danoso ao contribuinte também é forte em outras áreas do serviço público
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