sábado, 1 de setembro de 2012

Na política brasileira, nada vai mudar, a não ser as moscas



Martim Bertho Fuchs
Já tenho dito que o projeto do PT foi soterrado pelo muro de Berlim em 1989. Hoje, vou adiante. Nunca tiveram um projeto de país. Os 10 anos em que se encontram com o Poder total nas mãos vêm demonstrando que administram os problemas à medida que aparecem, e são eles mesmos que criam a maior parte deles. Não há planejamento.
Com as nomeações políticas que fazem para os Ministérios, para satisfazer a “base enliada”, se torna muito difícil para a presidente Dilma contar com apoio por este lado. E se ainda levarmos em conta que muitos dos seus auxiliares de maior expressão são uma herança incômoda do seu mentor, que administrativamente falando foi um ótimo turista, a presidente se reelegerá e nos imporá esse “modus operandi” por mais um mandato. Portanto, teremos ainda seis anos pela frente com administração sala/cozinha e refém de um sindicalismo pelego que tomou conta de todas áreas da “administração” pública.
As realizações nos últimos 18 anos (8+10) são virtuais, pois existem apenas na publicidade. Cada vez que o governante é cobrado pela oposição, ele encomenda uma campanha milionária na mídia para contradizer as acusações. São as grandes “realizações” desde então, mesmo que realizá-las é impossível, pois a arrecadação é utilizada “para outros fins”.
Por outro lado, a que se propõe a oposição, além de participar do fausto e das benesses da Corte e a participar dos horários eleitorais nem tão gratuitos assim ??? Que eu saiba, a nada, salvo a tentar substituir os atuais ocupantes do palácio na posse da chave do cofre. Ou seja, se o imenso Poder injustamente conferido à esses meliantes trocasse de mãos, indo para a gang do PSDB/DEM (ainda existe?), nada, absolutamente nada mudaria, a não ser as moscas.

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