01/09/2012
Walter Marquart
Para os justos é concedida a responsabilidade de usar o chicote usado por Jesus, para açoitar os vendilhões do templo. Que bom quando, mesmo que raramente, surge um açoitador do erro, pouco importa se estrelado ou não. Soldado romano ou o próprio Júlio Cesar (que está faltando no rol dos quarenta).
Com o julgamento do Ali Baba e os 40, no STF, o Ministro Joaquim convenceu seus pares que o mensalão existiu (ou ainda existe?). Vergonhosamente o Presidente e o Relator da CPI, instalada para prová-lo, mentiu. Não arrolou o principal. Não foram justos com o povo brasileiro. Escamotearam o nome do Ali Baba.
O Ministro Joaquim venceu os neófitos e não temeu a novidade: condenar tantos gigantes estrelados. Há muito mais estrelas cadentes para serem analisadas. Milhares! Há ratazanas estreladas em todos os sofás de Brasília. Ali Baba aparelhou os postos existentes e criou milhares de novos. Encheu-os de “poderosos” para assaltar os cofres públicos, com aval do Chefão, aquele que agora mente e deixará os seus comandados serem chicoteados e sendo levados para a prisão, aguardando a justiça para ter o poderoso junto com eles.
O TSE pediu o chicote emprestado e proibiu o dizimo partidário imposto aos intitulados DAS e outros. Não foi ouvido. Ali Baba garantiu que haveria pomada suficiente para curar feridas; todos estrelados, cada um no seu harém, deveria saquear, Ricos ou pobres, cobrar direito de passagem, até dos camelos, para aumentar a glória da estrela maior, O Ali Baba.
O mecanismo continua o mesmo. Aumenta-se o número de cargos, duplica-se a remuneração mediante compromisso do favorecido não deixar de ser fiel dizimista partidário. O candidato é empossado em “função do seu alto grau…” Parece tudo inocente, mas o crime é suportado pelos contribuintes, que viram a carga tributária dobrar. Não satisfeitos, querem aumentá-la mais ainda. O Ministro Joaquim precisa açoitar estes perdulários, que tudo fazem com o chapéu alheio.
Para o Ali Baba e seus asseclas, vale a lei feudal. Justificam a duplicação (triplicação) da remuneração e a contratação de milhares de estrelados, com juramentos de angariar verba não contabilizada e dízimos partidários. Ministro Joaquim, todos esperam que estendas os teus braços longos e justos, ponha ordem no paiol (Brasília) cheio de ratos, estrelados ou não.
Atente também para a previdência perdulária do BB, Bco.Central, Cx. Econômica, Petrobrás e outros órgãos e companhias oficiais, todos complacentes, contando com a ignorância dos consumidores. Aumentam os preços de seus produtos ou serviços para que os funcionários possam, na ativa ou aposentados, nadar no suor e lágrima dos que necessitam dos seus (compulsórios) produtos. Não podemos continuar cegos, imaginando que estas previdências são ou foram constituídas com os recursos dos interessados. Basta examinar como foram criados. Muitas o foram, totalmente com recursos do erário, diretamente ou com disfarçado aumento de remunerações permitindo que…
Estes sistemas de previdência dos órgãos públicos, bem diferentes do regime do INSS, existem porque falta justiça e sobra subserviência criminosa. E os reis feudais vão à TV declarar que são justos e que se preocupam com o social…
Ah! Meu nobre Ministro JOAQUIM BENEDITO BARBOSA, há muitos órgãos públicos que copiaram e se beneficiam do criminoso sistema. Consideram-se deuses estrelados, merecedores de honrarias e remunerações, na ativa ou aposentados. Os súditos, dependentes do salário referência ou consumidores, não foram consultados.
Há tanto trabalho: venda de consciências em troca de cargos, em troca de mensalão, Congresso Nacional desvirtuado, que age mais como corporação à serviço do poderoso chefão. Não fiscaliza, não fecha as tendas (palácios do tamanho de um grande potreiro) atapetadas, onde os dizimistas partidários festejam. O absurdo da compra de votos com o Bolsa/Família, o incoerente (e eleitoreiro) empréstimo consignado, o criminoso dizimo eleitoral.
A TUA biografia não é só de um HOMEM justo, culto e patriota; SENHOR Ministro Joaquim Benedito Barbosa (o nome deve ser memorizado, por isso a repetição), também és detentor de mais uma virtude: não és amante da neolatria, isto é, adora a verdade e não a velha ou nova mentira.
Procrie, tenha vida longa e forças para limpar o templo.
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