

Foto: @CC lytfyre
A resposta da minha amiga me pegou de surpresa. “Não sei preço de peixe. Eu pesco o peixe que eu como.” E olha que ela mora na maior cidade do Alasca, Anchorage. Achei muito pitoresco. Mais do que o tradicional arremesso de peixe do mercado.
Fui pesquisar e descobri que esta é uma ótima época para pescar nos arredores de Seattle. Se for para fazer como minha amiga, aluga-se um barco com todo o equipamento necessário. O capitão Gary Krein leva até seis pessoas para passeios de 6 horas no seu All Star Fishing Charters.
Ele já sabe os melhores lugares para pescar, ensina a manejar o equipamento, e fica atento às regras da região. É preciso ter uma licença de pesca. Há espécies que devem ser devolvidas ao mar. Cada pessoa só pode levar dois peixes para casa. Coisas assim.
O capitão veleja há quase 30 anos e considera a pescaria um momento para fazer amizades e construir memórias, como se diz por aqui. O vento cortante desta época do ano pode ser um incentivo para ficar em casa, mas a cabine tem aquecimento e o cliente leva pra casa o peixe já tratado e cortado. Bônus da viagem: há a possibilidade de ver leões marinhos e até baleias.
Claro que sempre dá para fazer pescaria na costa, mesmo perdendo o benefício da abundância das águas mais profundas. Amadores e profissionais podem integrar um clube de pesca, que se reúne regularmente para planejar pescarias e compartilhar informações. Algumas vezes dá pra pegar carona no barco de alguém e diminuir as despesas.
Não vai abastecer minha geladeira de peixe por vários meses como faz minha amiga, mas pode valer a aventura. Isso se eu não congelar durante a pescaria.
Melissa de Andrade é jornalista com mestrado em Negócios Digitais no Reino Unido. Ama teatro, gérberas cor de laranja e seus três gatinhos. Atua como estrategista de Conteúdo e de Mídias Sociais em Seattle, de onde mantém o blog Preview e, às sextas, escreve para o Blog do Noblat.
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