sábado, 1 de dezembro de 2012

NÃO TEM JEITO



Rapphael Curvo (1)
Fuleco – Dicionário inFormal, neste link está a definição da palavra “fuleco”. Ela leva e traduz bem o nível da cultura brasileira, dos nossos governantes e representantes. Não devemos estranhar tal acontecimento já que a nossa base educacional é bem o significado dela, um “fuleco”. Onde está o Ministério da Educação e da Cultura que, em tese, deveria ser um dos defensores dos valores culturais e éticos da Nação? Como sempre, sumiu, ninguém viu. Será que o Ministro Mercadante e a própria presidente Dilma sabem o que é “fuleco”? Ou será que vão continuar com a cara de “fuleco”? O autor dessa abominada criação será que sabe? Ou é proposital?fuleco
Os resultados de sempre do nível educacional que o Brasil se coloca nas avaliações internacionais, e mesmo internamente, foi mais uma vez consagrado. Somos o penúltimo no ranking do projeto The Learning Curve da Pearson Internacional que avaliou alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental de 50 países. Atentem que estes alunos são os universitários de amanhã, isto se forem, já que a maioria, em razão dessa qualidade do ensino brasileiro, fica pelo caminho. O Brasil faz parte do grupo de sete Nações que teve a maior variação negativa (-1,65) em relação à média global. O que podemos esperar de nosso futuro? A resposta está, principalmente, com os novos Prefeitos eleitos. Cabe a cada um deles, a responsabilidade de construir esperanças de dias melhores para essas crianças.
Sou capaz de afirmar que a maioria dos Prefeitos desconhece a qualidade de ensino que é aplicado nos seus municípios e tampouco entraram em alguma sala de aula.
Todos, raras exceções, procuram as obras físicas como construção de novas salas de aula e reformas para fazer a sua parte na área da educação. São escassos os casos em que o poder municipal atua de forma a dar as crianças e adolescentes um ensino público de qualidade. Onde está o problema? São muitos e tem sua fonte maior nas universidades que jogam no mercado enorme leva de professores mal formados e pouco capacitados a dar aulas. Quem promove esta falha? É a direção de universidades que ignoram a atenção necessária com os cursos voltados à educação, Pedagogia por exemplo.
Os incompetentes detonaram o fator mérito para ocupar posição de mando na estrutura de governo. O que se vê hoje é uma massa de desqualificados ocupando cargos vitais ao avanço social e educacional. A Educação não pode ficar a mercê dessa gente. É um setor muito sério, vital ao desenvolvimento do País e que pode até levar a uma desorganização social. Aliás, sobre isso, desorganização social, o Estado de São Paulo passa por crise séria. É preciso avaliar se por trás de tudo não está alguma razão política. Os leitores se lembram que pouco antes das eleições de outubro os trens da capital paulista viviam tendo problemas e protestos de grupelhos que se passavam por “povo revoltado”. Terminada a apuração, não se vê mais nenhum protesto. Os trens voltaram a funcionar maravilhosamente. A meta agora é desestabilizar o estado, é o que parece.
Voltando a educação, reafirmo que é preciso uma ruptura com o modelo existente. Inovação é a palavra chave no mundo de hoje e o nosso ensino passa longe disso, as técnicas de ensinar são do “arco da velha”. Há um conflito entre a vida praticada em sala de aula e a que é vivida pelos alunos fora dela. Justificadas pelo discurso demagógico, as escolas deixam de constituir salas seletivas de acordo com o nível de saber o que retira melhor desenvolvimento dos mais avançados e impede um planejamento de aula adequado para oferecer caminhos mais efetivos àqueles que apresentam problemas de aprendizado. Os demagogos consideram tal iniciativa como estratificação e com isso todos sofrem.
Renovo a minha posição baseada no desligamento do Ministério da Educação da estrutura de governo. A Educação tem que ser desvinculada da ação política e seus interesses. Existir como quarto Poder e sua administração com quadros especializados e imunes a mandos do Executivo e Legislativo, assim como o Supremo Tribunal Federal hoje. Dessa forma deve ser considerada a Educação, uma entidade federal com vida própria, caso contrário, não tem jeito.
(1) Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes RJ  raphaelcurvo@hotmail.com 1630439115/88089918 www.luizberto.com,www.gazetadigital.com.br,www.correiodoestado.com.brwww.brasileirosnaholanda.com,www.prosaepolitica.wordpress.com ELLEN MAIA DEZAN. Associada Dazio Vasconcelos Advogados. Advogada OAB/SP insc. nº 27566 tributário/cível/biodireito.ellen@daziovasconcelos.com.br

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