domingo, 16 de setembro de 2012

O poder da crença, por Maria Helena RR de Sousa


POLÍTICA


Ontem assisti um exemplo de fé que me fez recordar outros dois:
O primeiro foi em Lourdes, França, diante da gruta onde Nossa Senhora apareceu para Bernadette. Vi um jovem ser levado no colo pelos pais até onde jorrava a água benta. Depois de banhado, ainda trôpego, saiu andando uns passos, sem ajuda. E depois se apoiou no braço do pai e desapareceram na escuridão. Era uma multidão, noite de marcha das tochas e vi muitas pessoas se ajoelharem aos prantos.
O segundo em Nova Jerusalém, Fazenda Nova, PE. A encenação da Paixão ainda não era o que é hoje, os atores eram pessoas dali, eu os conhecia. Fui assistir com um grupo de amigos aqui do Rio e a nós se juntou um casal de Arcoverde, idosos que cumpriam uma promessa. No exato momento em que Cristo morre, os dois se ajoelharam e chorando convulsamente, começaram a rezar em voz alta. E se abraçaram agradecendo a Deus estarem ali, juntos.
O terceiro foi ontem. Marcos Valério, condenado, sentindo-se traído, confirmou aquilo que todo o Brasil já sabia de longa data: Lula não é imbecil, não é retardado, nem atoleimado.
Portanto Dirceu não mentiu ao dizer que não fez nada sem as ordens de Lula.
E os lulopetistas? Sofridos, calaram-se? Não. Deram foi uma extraordinária demonstração do que antigamente se chamava fé de carvoeiro, fé cega.
Duvidaram da VEJA por ela publicar o que a paixão não permitia que notassem. Disseram o diabo da revista e de seus donos e membros da redação. Queriam um vídeo! E foto do MV com Lula! Perguntaram se a 'entrevista' está gravada e onde foi feita e quem a fez.
Pelas perguntas via-se que ainda não tinham lido a revista, mas já a chamavam de panfleto sem credibilidade! Sequer acreditavam que MV houvesse desabafado com amigos e conhecidos!
Nem fé de carvoeiro pode ser tão cega assim! Mas se não for fé, será o quê?

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