Roberto Nascimento
O emérito jornalista Carlos Chagas fez aqui no Blog da Tribuna uma análise precisa sobre o atual momento do Legislativo, que foi rifado das grandes questões nacionais, cujos protagonistas Executivo e Judiciário dão as cartas em diferentes ocasiões.
Os parlamentares, ao contrário, perdem força e credibilidade junto ao povo, situação agravada em dois episódios lamentáveis: o processo do Mensalão e a CPI do Cachoeira.
Nos dois casos mais rumorosos dos últimos tempos está envolvida a nata do Parlamento, permeada por chefes de Executivos estaduais.
A nação encara o Legislativo como chacota nacional, ao observarmos a propaganda eleitoral e seus candidatos absurdos, o que demonstra a pouca evolução democrática desde os tempos da censura, na qual só aparecia a foto do candidato, o número e o partido.
Do jeito que a coisa anda e a continuar o processo destrutivo da imagem do Legislativo atual, nos sentiremos constrangidos e com muitas saudades da ARENA e do antigo MDB.
A atividade legislativa foi ocupada pelos poderes Executivo e Judiciário, que avançaram naquele terreno vazio e tomaram posse sem que o verdadeiro dono denunciasse o esbulho constitucional. Ponto negativo para a democracia, porque em derradeira análise, os parlamentares são os representantes do povo e se esses representantes não fazem a sua parte, o povo está fora do jogo e do seu destino como nação democrática, solidária e fraterna.
A quem interessa o descrédito da função legislativa? Essa é a verdadeira questão posta em comento.
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