segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Polícia de Brasília descobre que o grupo de Cachoeira continua atuante



Carlos Newton
Oportuna reportagem de Filipe Coutinho, na Folha, mostra que a Polícia Civil do Distrito Federal levantou indícios de que o grupo de Carlos Cachoeira continuava atuar com máquinas de jogo, com a participação do empresário de dentro da prisão.
A operação Jackpot foi realizada sexta-feira. Entre os três investigados que foram presos estão Raimundo Queiroga e Otoni Olímpio, dois dos três irmãos Queiroga, flagrados em conversas com Carlos Cachoeira durante a operação Monte Carlo. Duas pessoas estão foragidas.
“Esse pessoal presta contas a Cachoeira. Existem informes de que Cachoeira comandava os jogos no Distrito Federal. Esses informes são posteriores [à prisão de Carlos Cachoeira]. São indícios que deverão ser aprofundados”, afirmou ao repórter da Folha o delegado Henry Lopes, chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado.
Segundo Henry Lopes, esses indícios foram levantados em testemunhos e denúncias anônimas. A investigação da operação Jackpot durou seis meses e apreendeu 80 máquinas em sete casas de jogos em Brasília, além de dinheiro, um cofre e cheques.
“A logística é similar de quando eles atuavam em Goiás, com as mesmas máquinas e funcionários”, disse o delegado, acrescentando que o grupo deixou de atuar em Goiás quando a operação Monte Carlo foi realizada e prendeu Carlos Cachoeira e vieram até Brasília, onde os clientes moravam.
“Aqui já havia uma clientela fiel, viciada. Eles iam buscar os clientes em casa e levavam até o local do jogo”, disse. A operação levantou ainda “vales” que eram dados aos clientes que não tinham mais dinheiro e queriam continuar jogando.
Agora, resta saber se Cachoeira continua atuante também na política…

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