20/08/2012
Giulio Sanmartini
Em meados do Século II, Roma representava a grande potência da Europa, partes da África e da Ásia, quando começou a ser invadida por hordas comandadas pelas tribos circunvizinhas, cujo o objetivo precípuo era a pilhagem, o saque e a devastação Da Cidade Eterna. A esse fato deu-se o nome de “Invasão Bárbara”.
Passados quase dois mil anos, no Brasil verificou-se algo bem parecido. Tudo começou no dia 1° de janeiro de 2003, quando uma horda faminta de petistas invadiu a capital da República, aparelhou o Estado como se fosse algo de sua propriedade e esta se atulhando a mais não poder.
A coisa começou a pegar logo no começo, quando se descobriu a ligação de Waldomiro Diniz, assessor do todo poderoso ministro da Casa Civil José Dirceu, com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Após a divulgação da denúncia, Waldomiro Diniz deixou o governo no mesmo dia (13/3/2004), provocando a primeira crise política no Governo Lula. A oposição e até aliados do governo tentaram criar a CPI dos Bingos,mas as manobras do Lula barraram a criação e deixou o governo sob suspeita.(1)
Mas isso foi café pequeno, um ano depois (14/5/2005), aconteceu a divulgação pela imprensa de uma gravação de vídeo na qual o ex Chefe do DECAM/ECT, Maurício Marinho, solicitava e também recebia vantagem indevida para ilicitamente beneficiar um falso empresário. O advogado Joel Santos Filho, que para colher prova material do crime, faz-se passar por empresário. Com a evolução das investigações chegou ao maior escândalo da história do país, que recebeu o nome de mensalão. Isto é, o sistema encontrado pelo governo para dominar o poder legislativo, onde os deputados eram comprados para votar projetos que beneficiassem a presidência.
No início, parecendo ser tomado de surpresa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez um ato de “mea culpa” em cadeia nacional: “Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis. Indignado pelas revelações que chocam o país, e sobre as quais eu não tinha qualquer conhecimento”…”Não tenho nenhuma vergonha de dizer que nós temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas. O governo, onde errou, precisa pedir desculpas”. (12/8/2005). Mas depois parece que se arrependeu e hoje petéticamente, tem o descaramento de negar o “mensalão”.
No dia 2 de agosto passado, o Supremo Tribunal Federal STF, começou a julgar os 38 réus envolvidos nessa falcatrua. A cada dia fica mais difícil, transformar tudo em pizza, pois no ar paira o perigoso cheiro de “clamor público”.
A situação dos réus só faz piorar. O delegado da Polícia Federal, Flávio Zampronha, pondo em jogo sua carreira, em entrevista a O Estado de São paulo, faz uma acusação frontal a tres réus: “A lavanderia (de dinheiro) foi pensada por José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino”. (leia na íntegra a entrevista dada a Felipe Recondo e Flávio Macedo – Estado de S. Paulo – 14/8).
Espera-se que os juizes do STF, devolvam aos brasileiros o orgulho cívico que lhe foi roubado pelos petistas).
(1)Pelo fato, Waldomiro Diniz foi condenado pela Justiça por corrupção passiva e ativa e crime contra a lei de licitações. A juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, determinou reclusão de 12 anos e pagamento de multa de R$ 170 mil. Não consegui obter a informação se Diniz está cumprindo a pena de suas condenação.
(2) Fotomontagem: Flávio Zampronha, Delúbio, Dirceu e Genoino.
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