21/11/2012
Ancião
Os leitores já devem ter percebido que não sou um redator de mão cheia. Aliás, nem vazia. Antes, a exemplo do molusco falante, sou apenas um “honório cum causae”. Minha causa é espinafrar, sempre que possível, essa canalha que apoderou-se da minha terra, e a transformou num covíl de bandidos onde, felizmente, tivemos o imenso prazer de ver alguns transformados como mecânicos, quando estão montando algum motor, e estão com a “arruela” na mão (fotomontagem). Mas sei reconhecer, até pelo cheiro, quando um texto tem qualidades. Tal é o caso do Reynaldo Rocha, que não sei quem é mas, foi referido pelo Augusto Nunes. O sujeito pegou um tacape e saiu dando porradas a torto e a direito. Tive uma verdadeira epifania (1)! E acho que os leitores merecem tê-la, Vejam:
“Prova de desonestidade. Já conhecida. De ofensa ao país, comumente repetida. A arrogância de quem se julga acima do estado de direito. E da verdade histórica. A condenação aconteceu? Que se puna a imprensa! Cassem a palavra de jornalistas! Como se estes fossem policiais, promotores e juízes. Os atuais acusados pelo delírio do guerrilheiro da espingarda de rolha de cortiça. Acrescente-se uma reforma política jamais explicitada. Só a defesa do tal financiamento público de campanha, para dar legalidade aos achaques já praticados. E como usam o termo “desconstrução!” Tenho ouvido com frequência. O mesmo que destruição. Quem quer desconstruir assume que quer destruir: acabar com algo que já foi construído. Como um julgamento. E contra os fatos. Parece-me que José Dirceu deseja a prisão. Ou ao menos justificar a pena a ser cumprida. Dando ares de politização a uma condenação por roubo. Se na ditadura os assaltos a bancos eram chamados de expropriação e tinham – mesmo com críticas de muitos – um emprego coletivo, desta feita foi dineiro para os bolsos de porcos que transformaram o Legislativo em chiqueiro.
Os leitores já devem ter percebido que não sou um redator de mão cheia. Aliás, nem vazia. Antes, a exemplo do molusco falante, sou apenas um “honório cum causae”. Minha causa é espinafrar, sempre que possível, essa canalha que apoderou-se da minha terra, e a transformou num covíl de bandidos onde, felizmente, tivemos o imenso prazer de ver alguns transformados como mecânicos, quando estão montando algum motor, e estão com a “arruela” na mão (fotomontagem). Mas sei reconhecer, até pelo cheiro, quando um texto tem qualidades. Tal é o caso do Reynaldo Rocha, que não sei quem é mas, foi referido pelo Augusto Nunes. O sujeito pegou um tacape e saiu dando porradas a torto e a direito. Tive uma verdadeira epifania (1)! E acho que os leitores merecem tê-la, Vejam:
“Prova de desonestidade. Já conhecida. De ofensa ao país, comumente repetida. A arrogância de quem se julga acima do estado de direito. E da verdade histórica. A condenação aconteceu? Que se puna a imprensa! Cassem a palavra de jornalistas! Como se estes fossem policiais, promotores e juízes. Os atuais acusados pelo delírio do guerrilheiro da espingarda de rolha de cortiça. Acrescente-se uma reforma política jamais explicitada. Só a defesa do tal financiamento público de campanha, para dar legalidade aos achaques já praticados. E como usam o termo “desconstrução!” Tenho ouvido com frequência. O mesmo que destruição. Quem quer desconstruir assume que quer destruir: acabar com algo que já foi construído. Como um julgamento. E contra os fatos. Parece-me que José Dirceu deseja a prisão. Ou ao menos justificar a pena a ser cumprida. Dando ares de politização a uma condenação por roubo. Se na ditadura os assaltos a bancos eram chamados de expropriação e tinham – mesmo com críticas de muitos – um emprego coletivo, desta feita foi dineiro para os bolsos de porcos que transformaram o Legislativo em chiqueiro.
O que há de ideológico ou de político nestas ações? Esta tentativa – hoje isolada – de Dirceu parece dar razão a Lula quando definiu o condenado pela chefia da quadrilha, em tempos passados: “José Dirceu não tem amigos. Ele só pensa nele!”. Dirceu tenta criar um clima de desmoralização do Poder Judiciário na tentativa desesperada de criar um fato político que dê margem – delirante – de se autodeclarar “prisioneiro político”. Como já disse antes, prisioneiro do governo do PT. Mas, ele só pensa nele…
Dirceu não terá ─ nem ele nem ninguém ─ condições de desconstruir o que quer que seja, além das próprias pobres biografias. Transformadas em folhas corridas. Esta insistência patológica de ignorar a realidade não pode ser doença. Parece ser retirada de algum manual lulopetista, visto que utilizada pela imensa maioria dos adeptos da seita. E há quem pretenda separar Dirceu do PT. São irmãos siameses. Indissociáveis. Um diz o que o outro pensa. E ambos obedecem o que o supremo líder pensou pensar. Mas Lula conhece os seus (dele)! Sabe que Dirceu “não tem amigos.” Nunca teve. E que neste momento, José Dirceu – chefe de uma quadrilha de bandidos condenados por roubos aos cofres públicos – precisa ser mais uma vez a vítima do crime que não houve. Um crime político. O outro, previsto no Código Penal, não há como desconstruir. A única alternativa é calando a imprensa e propondo reformas. Quem sabe a do Poder Judiciário? Na semana passada, o quadrilheiro Pedro Caroço voltou à carga contra os atuais alvos da covardia reconhecida: de novo a imprensa. E como se previa, o Judiciário. Um porque ousou falar. Outro, porque ouviu. E ambos porque fizeram o que a nação e a democracia exigem. Em artigo no blog que mantém (e que perderá o direito de usar, visto que presos não podem ter acesso a Internet), um post com o título “O que justifica?”, investe contra a decisão do ministro Joaquim Barbosa de apreender os passaportes de réus já condenados. As justificativas são diversas. E é até cansativo elencá-las. A primeira – e básica – e que bandidos precisam ser vigiados entre a apenação e a execução da pena. E que bandidos que roubaram, possuem ainda mais condições de fugir, visto que milionários com o que roubaram. Outra decorre do caráter dos condenados. Especificamente no caso de Dirceu, nada a comentar. Dirceu continua na clara intenção de ser o “mártir do puteiro!”. O “preso político” que trocou o crime de opinião pelo roubo na boca do caixa. Do dinheiro público. Quer confrontar o Judiciário. Quer se colocar como uma vítima do sistema, que ele mesmo afirmava (e nunca foi verdade!) a construir. Ele se esquece de que o nome do jogo é DEMOCRACIA. E, na democracia, bandidos são presos. Há muito não via tamanho descaramento e hipocrisia, na tentativa de impor a canalhice como valor a ser preservado: “Nenhum ministro encarna o Poder Judiciário – não estamos no absolutismo real. Nenhum ministro encarna a nação ou o povo – não estamos numa ditadura. Mesmo acatando a decisão, tenho o direito de me expressar diante de uma tentativa de intimidar os réus, cercear o direito de defesa e expor os demais ministros ao clamor popular instigado, via holofotes de certa mídia, nestes quase quatro meses de julgamento.” Dirceu é uma anta? Há controvérsias. Mesmo uma nobre anta (o que não é o caso, visto que falta nobreza) sabe que não pode, presa em redes, atacar quem a capturou. A figura animal mais próximo da verdade é da hiena. Come fezes, ataca em bando, ri, abandona outras (as feridas) pelo caminho de fuga e provoca o inimigo e depois foge… Até onde este script de filme de terror vai continuar sendo encenado? A alegação de uma suposta “coragem” derivada deste enfrentamento cai por terra quando se reconhece que o Judiciário não age por vingança. Age por justiça. E esta já basta ao escroque oficial. O chefe da quadrilha sabe que nada perde ao tentar desmoralizar o mesmo poder que lhe deu acolhida quando fugitivo e anistiado. O ganho se ouve nos gritos de “mexeu com ele, mexeu comigo!”, entoado nas bocas de fumo – correção , nas plenárias – onde os aliados do ladrão se reúnem. O objetivo é posar de perseguido político. E justificar a pesada pena pelo “inconformismo” com a “sentença influenciada por uma certa mídia”, prolatada por “juízes absolutistas e ditadores”. Em um país governado pelos seus (dele) próprios protetores. É o samba do ladrão doido! Ou a salsa cubana do covarde sem caráter.
(1) O substantivo epifania (paroxítono) significa «manifestação de Deus ou de uma divindade» e, com maiúscula, designa a festa cristã que celebra o aparecimento dos Reis Magos. É uma palavra que deriva do grego epipháneia,as, através do latim epiphanīa, ae, com deslocação do acento. Parônimo de epifania é o antropônimo Epifânia, que deriva diretamente do grego. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa separa epifania/Epifania de Epifânia, pelo que é possível considerar esta forma como mais apropriada para nome próprio.
(1) O substantivo epifania (paroxítono) significa «manifestação de Deus ou de uma divindade» e, com maiúscula, designa a festa cristã que celebra o aparecimento dos Reis Magos. É uma palavra que deriva do grego epipháneia,as, através do latim epiphanīa, ae, com deslocação do acento. Parônimo de epifania é o antropônimo Epifânia, que deriva diretamente do grego. O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa separa epifania/Epifania de Epifânia, pelo que é possível considerar esta forma como mais apropriada para nome próprio.
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