sábado, 17 de novembro de 2012

Negócios bilionários da construção civil


Negócios bilionários da construção civil

Na avaliação da consultoria Ernst & Young Terco, a construção brasileira deve atrair investimentos 
 estrangeiros da ordem de R$ 10 bilhões nos próximos anos


Arnaldo Carvalho/JC Imagem

O setor imobiliário é um dos mais promissores do Brasil nos próximos anos, com a atração recorde
de investimentos estrangeiros que podem chegar a R$ 10 bilhões, aponta estudo semestral Real Estate
Report da Ernst & Young Terco. Com Produto Interno Bruto (PIB) superior a R$ 170 bilhões,
 a consultoria indica que o montante do setor poderá chegar a R$ 270 bilhões em menos de uma década.

Os investimentos ocorrem em todos os segmentos do mercado da construção, desde o industrial e o
empresarial até o residencial. No segmento de galpões industriais, o Recife é uma das sete capitais avaliadas
 que mais registrou aumento nos preços de aluguel e compra. Em fevereiro deste ano, a faixa de preço de
 locação por metro quadrado (m²) de galpões na capital pernambucana variava de
 R$ 6,40 a R$ 20,40, passando para R$ 6,20 e R$ 22,60 em agosto. Apesar da redução no preço
mínimo, houve uma alta de 10,7% na maior variação.

O mercado pernambucano já sente essa realidade, aponta o gerente regional no Nordeste da empresa
 privada de serviços imobiliários Cushman & Wakefield (C&W), Pedro Poletto. “Pernambuco é um foco
 do polo da indústria portuária com Suape, os estaleiros. Há um potencial muito forte e com áreas
 retroportuárias para se desenvolver. Além da área empresarial e residencial, a área industrial e logística
 ainda deve se desenvolver mais no Estado. Há uma oferta muito grande de áreas que já estão sendo
alugadas. Não temos taxa de vacância”, sinaliza Pedro Poletto.

Como exemplo, o gerente cita uma área de galpão que está sendo construída em três fases de 30 mil m²,
totalizando 90 mil m² e que já está com dois terços alugados de imediato. Em relação aos empresariais, o
 volume de estoque futuro desses empreendimentos no Recife para 2013 é de 90 mil m².

Na área habitacional, não é muito diferente, segundo o levantamento da Ernst & Young Terco.
 Para reduzir em dois terços o déficit habitacional acumulado no Brasil, seriam necessários investimentos 
anuais de R$ 18 bilhões até 2030. “Isso para dar conta do déficit acumulado, sem considerar as 
necessidades de renovação de imóveis e fatores demográficos como o crescimento populacional e a 
redução do número de pessoas por moradia”, diz o diretor de Fusões e Aquisições para o setor
 imobiliário da Ernst & Young Terco, Viktor Andrade.


Fonte: Jornal do Commercio


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