17/11/2012
Adauto Medeiros (1)
Quem adentra ao shopping Midway aqui em Natal/RN, em qualquer dia da semana, está penetrando no templo do capitalismo. Estou falando de capitalismo privado e não de capitalismo de estado que já quebrou faz tempo no leste europeu e o próximo será Cuba.
Quando chego ao Midway observo a praça de alimentação e fico diante do caos mais bem organizado do mundo. Dezenas de restaurantes, centenas de sabores e um atendimento espetacular que deixa o cliente boquiaberto com tanta eficiência.
Não preciso falar no estacionamento que é uma perfeição e por sinal nunca encontrei os equipamentos que disciplinam a entrada e a saída dos veículos com defeito. Pois bem, neste templo tem tudo o que você precisa para desfrutar da vida e sem falar nos parques para crianças desenvolverem suas potencialidades nos jogos eletrônicos e salas de recepção para festejar aniversários.
Bancos para sentar e de dinheiro ao alcance da mão, isso com ar refrigerado e um ambiente absolutamente claro como se fosse sempre um dia de sol. Todavia, tudo isto funciona pela mão invisível do lucro que é a benção da sociedade moderna trazendo conforto aos seus usuários e a felicidade de juntar a familia e amigos o dia inteiro, mesmo para quem não queira ir às compras.
Agora vamos pensar (apenas pensar) se a prefeitura de Natal estatizasse o templo. O que teríamos? Teríamos os funcionários públicos todos com estabilidade e por isso só iriam trabalhar no dia que quisessem. Feriado, dia santo e ponto facultativo o shopping não funcionaria nem abriria as suas portas. O faturamento não daria nem para pagar os funcionários e muito especialmente as funções gratificadas.
Em cada loja, o gerente com um alto salário seria indicado por um vereador e que na verdade, seria indicado, mas não saberia nada do negócio que teria que administrar. Atrasariam a conta de energia e água, não pagariam aos fornecedores, e o caos de fato e de verdade tomaria conta de tudo.
Assim são todas as estatais e os serviços públicos nesse país que é o maior pesadelo que a sociedade, infelizmente, carrega consigo. Na verdade, na verdade meu amigo, o que eu acho é que a esquerda precisa urgentemente privatizar o bom senso para nos tirar do último mundo, em suma, dessa pobreza franciscana que nos persegue. Louvado seja Deus e que o Midway nunca seja privatizado.
(1) Engenheiro civil e empresário. adautomedeiros@bol.com.br
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