Mostra relembra uso residencial do museu
|
|
Quem hoje anda pelas ruas de São Paulo não imagina a cidade sem o trânsito e os arranha-céus. Foi-se o tempo das ruas tranquilas e das imensas mansões, onde moravam as mais tradicionais famílias paulistanas. Mas um pouquinho desse período nostálgico pode ser conferido em A Casa e a Cidade – Coleção Crespi Prado, exposição em cartaz no Museu da Casa Brasileira – MCB que conta a história recente da capital paulista por meio dos registros dos moradores da residência que desde 1970 abriga o museu.
O casarão, que impulsionou o desenvolvimento de uma extensa área da cidade na primeira metade do século 20, abrigou a família de Fábio Prado, prefeito de São Paulo entre 1934 e 1938. Foi ele um dos principais responsáveis pela expansão da malha urbana na direção do rio Pinheiros, criando as avenidas Nove de Julho, Rebouças e Itororó (atual 23 de Maio), além do Viaduto do Chá e Martinho Prado e dos edifícios da Biblioteca Municipal e do Estádio do Pacaembu.
A rotina do casal que habitava a residência era marcada por eventos culturais e políticos, como pode ser conferido nos textos do ambientalista Ricardo Cardim e dos professores Carlos Lemos e Maria Ruth Amaral, ambos da FAU-USP. Outro acervo que compõe a exposição é o da Fundação Cresci Prado, que agora está de volta ao MCB.
"A mostra visa contribuir para o conhecimento de uma face importante da história de São Paulo e facilitar a compreensão das relações entre o imóvel, seu uso, os hábitos de seus moradores e a paisagem, revistas a partir da casa e do período de sua vida como tal, a casa do MCB", explica Giancarlo Latorraca, diretor técnico do museu.Dividida em módulos – Renata Crespi; Fábio Prado; território; vida pública e cidade; e o Solar, que ocupa a rua Iguatemi –, a exposição conta com fotografias, móveis e objetos como porcelanas e pratarias de diferentes regiões do mundo, além de obras de arte assinadas por mestres como Di Cavalcanti, Portinari e Brecheret.
Nenhum comentário:
Postar um comentário