quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A DEGRADAÇÃO DE LEWANDOWSKI



Giulio Sanmartini
O ministro do Supremo Tribunal de Justiça – STF Ricardo Lewandowski, revisor do mensalão, vendeu sua alma ao diabo, entregando-lhe a  cabeça.
Suas posições além de patéticas são constrangedoras. Tornou-se alvo de reprimendas por parte de seus pares e de desdém pela opinião pública. Vê-lo causa uma pena desprezível.
No dia 7/10 relator Joaquim Barbosa havia condenado 8 dos 10 acusados de corrupção ativa pelo Ministério Público, a começar do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula José Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino e do ex-tesoureiro da agremiação Delúbio Soares. Logo em seguida, o revisor corroborou a condenação de Delúbio, mas votou pela absolvição de Genoino. E no dia seguinte, para surpresa de ninguém, livrou Dirceu da imputação de comandar a compra de apoio de deputados a projetos do Planalto.
De forma incisiva tornou-se defensor do principal réu da mais importante ação da história da Corte. Pior. Ao longo de sua fala de duas horas, um aflito Lewandowski procurou meios e modos para livrar Dirceu da condenação. afirmando que não há nos autos prova documental ou pericial que o incrimine, ora que há “provas para todos os gostos”.
Sua argumentação  foi desmoralizada de pronto pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Rosa Weber e Marco Aurélio Mello.
Lewandowski provavelmente será lembrado menos por ter ficado em minoria do que pela fragilidade de suas posições. Me pergunto, passados esses tristes e desmoralizadores fatos, como poderá manter-se magistrado na mais alta corte do país?
Pode-se até parafrasear Roberto Jefferson e dizer-lhe: “Sai daí rápido, Lewandoeski!”.
Veja o vídeo ( 26º debate: STF condena José Dirceu). 
Quando, na redação da revista Veja, os jornalistas Augusto Nunes, Carlos Graieb, Reinaldo Azevedo e o historiador Marco Antonio Villa, esmiuçaram a reunião no STF, onde Lewandowski absolveu José Dirceu
(1) Fonte: O Estado de São Paulo

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