EUROPA
Com a Espanha em crise, quase 1 milhão de pessoas já deixaram o país de janeiro de 2011 a outubro deste ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Desse total, pouco mais de 117 mil eram espanhóis. Como temos falado aqui, o país, bastante endividado, tem a maior taxa de desemprego da Europa - entre os jovens, a desocupação é ainda maior, acima de 50%.
E a economia não reage: após dois anos de PIB em queda (em 2009, a retração foi de 3,7%; em 2010, de 0,32%), houve pequena melhora no ano passado, quando o número ficou no azul (0,41%), mas este deve ser outro ano de recessão. O FMI, por exemplo, prevê que a economia encolherá 1,5% em 2012 e 1,3% em 2013.
Para reduzir o endividamento e o déficit, o governo já colocou em práticas medidas de austeridade, mas a situação econômica não melhorou. Insatisfeitos e temerosos em relação ao futuro, muitos espanhóis, principalmente os jovens, têm protestado pelas ruas.
Espanhóis e imigrantes estão deixando o país em busca de melhores condições de vida em outros lugares ou nos seus países de origem.
A imprensa espanhola diz que só nos primeiros nove meses deste ano, 420.150 saíram do país, 37 mil a mais do que no mesmo período do ano passado.
O saldo migratório - a diferença entre o número de pessoas que entram no país e as que saem em busca de oportunidades - está negativo em 137.628 em 2012. Nos anos de 2009 e 2010, ainda chegavam mais pessoas do que saíam, mas em 2011, pela primeira vez, o saldo foi negativo (- 50 mil pessoas).
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