A ESCURIDÃO NO FIM DO TÚNEL
Julgamento do mensalão? OK, é importante, tem consequências políticas, mas não mexe com nossa vida do dia a dia.
Campanha do PT contra a imprensa, anunciada pelo irmão do José Genoino, aquele cujo assessor andava com dólares na cueca? Previsível: há muito tempo se usa punir o portador de más notícias.
Já a sucessão de apagões mexe com a vida de todos nós.
Um apagão é um problemaço. Três apagões em 34 dias são mais do que três problemaços: são uma indicação de que o sistema brasileiro de energia enfrenta problemas.
Pior: o governo sabe dos problemas, tanto que teme falta de luz quando acaba uma novela; e continua brincando de explicar. A última: “não é apagão, é apaguinho”.
Seja qual for o nome que as autoridades queiram dar à incompetência administrativa do setor, na quinta foram atingidos onze Estados – os nove do Nordeste, mais dois do Norte, além de Brasília. No apagão de setembro, ficaram no escuro oito dos nove Estados nordestinos.
O professor Ildo Sauer, da Universidade de São Paulo, petista até debaixo d’água, diz qual é o principal problema: falta de manutenção da rede. “Uma parte do sistema é cinquentão e deveria ter passado por um processo de manutenção e substituição. A indicação mais óbvia de que isso não ocorreu são os apagões”.
Claro (ou escuro): manutenção não dá voto, não tem inauguração, não tem discurso, não rende matéria na TV.
O ministro das Minas e Energia, Édison Lobão, está hospitalizado em São Paulo. Ele sabe o que faz: no Hospital Israelita Albert Einstein, há ótimos geradores.
Trabalhando duro
O ministro interino das Minas e Energia informou que há um problema e que alguém tem de fazer alguma coisa – não ele, claro.
Mas convocou uma reunião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário