Deu no Estadão: O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobrás firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.
Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Paulo Roberto nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.
Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: “Todo dia tinha político batendo em sua porta”. Num depoimento, ele citou uma conta de um “operador do PMDB” em um banco europeu.
Queremos nomes! Já são mais de 30 parlamentares envolvidos, de 5 partidos diferentes. Todas as grandes empreiteiras do país estariam envolvidas nos esquemas de desvio também. É muita gente graúda, muito tubarão poderoso. O homem é um “arquivo vivo”, uma bomba explodindo. Sua proteção policial tem de ser total, pois sua vida corre perigo.
O que era amplamente suspeitado agora ganha corpo na boca de um importante ex-diretor no epicentro da corrupção na estatal, pois cuidava da área de abastecimento. Transformaram a Petrobras em uma imensa teta a ser ordenhada pelos “amigos do rei”, com vontade.
Estamos falando de uma caixa-preta na maior empresa do país, responsável por algo como 10% do PIB nacional. Quem cuida do “nosso” petróleo? De quem é esse petróleo afinal? Do povo brasileiro é que não é, como fica claro.
O Pastor Everaldo pode ser um liberal convertido às pressas ou até por conveniência, mas justiça seja feita, foi o único que tocou no cerne da questão: só mesmo privatizando a empresa para colocar um fim em tanto abuso.
A Petrobras precisa ser “desratizada” com urgência. É gente demais pendurada em suas tetas, corroendo suas estruturas feito cupins. A empresa já possui uma das maiores dívidas do planeta! Deve ser despolitizada logo. A solução paliativa é tirar o PT do poder, pois o partido não inventou a corrupção, mas a expandiu muito. A solução definitiva é privatizá-la mesmo, para deixá-la longe dos tentáculos pegajosos e vorazes dos oportunistas de plantão.
Rodrigo Constantino
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