Percival Puggina
Os que tentam desmerecer o livro de Romeu Tuma Júnior, “Assassinato de reputações”, não passaram das primeiras páginas de uma obra tão cansativa e enfadonha quanto importantes são os fatos que denunciam. A obra é muito enfadonha. E são muito importantes suas denúncias. Saber se Lula, o “Barba”, era ou não informante do DOPS é irrelevante. Certamente não será essa acusação que vai deixar constrangido o gabola mais despudorado que a política nacional já produziu. Com a política que temos no Brasil destes vergonhosos anos, seu maior líder não poderia ser outro. Ele não seria o maior líder de um país como o nosso se não fosse assim.
O livro é explosivo porque traz a seguinte denúncia a quem o souber ler: vivemos sob a égide de um Estado policial, constituído mediante o aparelhamento político, ou mesmo partidário, das instituições do Estado. Vivemos sob a égide de um Estado que viola garantias constitucionais dos cidadãos. Vivemos sob a égide de um Estado que, em vez de apurar crimes, investiga alvos escolhidos por motivos políticos.
É disso que o livro trata.
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