Transcrito do blog do Erico Valduga (Periscópio)
A Petrobras, que anda mal das pernas, acabou sobrecarregada e terá de ser socorrida pelo Tesouro de todos para que possa fazer a sua parte no pré-sal
O PRIMEIRO LEILÃO do pré-sal, o “bilhete premiado” de Dona Dilma, não foi um sucesso, como sugerem o Palácio do Planalto e adjacências, porque não houve disputa. E sem disputa prevaleceu o preço-base, o mínimo. Pode-se desconfiar, até, que o único consórcio a apresentar proposta foi arranjado à última hora, ante a possibilidade, tenebrosa do ângulo político e negada previamente pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia), de não haver leilão por falta de disputantes.
O QUE TERÁ ACONTECIDO, a provocar a redução de interessados, primeiro de 40 para onze, e, no final, para somente um, em consórcio resultante da associação da estatal Petrobras (40% de participação) com as estatais chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%), com a semiestatal francesa Total (20%) e com a anglo-holandesa Shell (20%), esta a única representante das grandes empresas privadas que atuam na área petrolífera internacional? Uma hipótese: o petróleo extraído com alto custo, como é o caso, deixou de ser um bom negócio, como pareceu ser em 2010.
NÃO FOI UM SUCESSO, também, por existirem muitas dúvidas sobre a capacidade real de investimento da Petrobras, que está com R$ 174 bilhões de dívidas e ainda terá de desembolsar cerca de RS 72 bilhões em investimentos até 2020, correspondente à sua parte nos R$ 180 bilhões do custo do projeto de Libra, na estimativa do ministro Guido Mantega (Fazenda). A quantia prevista, prezados leitores, equivale a uma vez e meia o valor do Orçamento do Rio Grande do Sul para 2014. Mais os R$ 6 bilhões (uma vez e meia o Orçamento de Porto Alegre no próximo ano), que passou a dever no bônus de assinatura.
MAS A EXPECTATIVA é que o óleo (gás, não) finalmente sairá do mar para a refinaria, como nós, os cidadãos, temos o direito de esperar. A lástima é que, por incompetência, o governo da União tenha demorado tanto para definir o projeto, ao ponto de, para poder executá-lo, ter ampliado a participação no negócio da estatal brasileira, que comemora 60 anos com o mote “Uma história inspirada em você”. Quer dizer, nós, os pagadores, donos do Tesouro da República, que fatalmente será sobrecarregado, em prejuízo dos serviços públicos essenciais, para que a Petrobras possa fazer a sua parte. Não é apenas inspiração, ficou claro.
O QUE TERÁ ACONTECIDO, a provocar a redução de interessados, primeiro de 40 para onze, e, no final, para somente um, em consórcio resultante da associação da estatal Petrobras (40% de participação) com as estatais chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%), com a semiestatal francesa Total (20%) e com a anglo-holandesa Shell (20%), esta a única representante das grandes empresas privadas que atuam na área petrolífera internacional? Uma hipótese: o petróleo extraído com alto custo, como é o caso, deixou de ser um bom negócio, como pareceu ser em 2010.
NÃO FOI UM SUCESSO, também, por existirem muitas dúvidas sobre a capacidade real de investimento da Petrobras, que está com R$ 174 bilhões de dívidas e ainda terá de desembolsar cerca de RS 72 bilhões em investimentos até 2020, correspondente à sua parte nos R$ 180 bilhões do custo do projeto de Libra, na estimativa do ministro Guido Mantega (Fazenda). A quantia prevista, prezados leitores, equivale a uma vez e meia o valor do Orçamento do Rio Grande do Sul para 2014. Mais os R$ 6 bilhões (uma vez e meia o Orçamento de Porto Alegre no próximo ano), que passou a dever no bônus de assinatura.
MAS A EXPECTATIVA é que o óleo (gás, não) finalmente sairá do mar para a refinaria, como nós, os cidadãos, temos o direito de esperar. A lástima é que, por incompetência, o governo da União tenha demorado tanto para definir o projeto, ao ponto de, para poder executá-lo, ter ampliado a participação no negócio da estatal brasileira, que comemora 60 anos com o mote “Uma história inspirada em você”. Quer dizer, nós, os pagadores, donos do Tesouro da República, que fatalmente será sobrecarregado, em prejuízo dos serviços públicos essenciais, para que a Petrobras possa fazer a sua parte. Não é apenas inspiração, ficou claro.
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