terça-feira, 22 de outubro de 2013

Os 15 bilhões dos bônus desapareceram


Helio Fernandes
Dona Dilma já foi violentamente contra os leilões, mudou de ideia e da convicção que jamais teve. Rotulou o leilão, que era privatização, para concessão, agora partilha. Disse na televisão, não daí de lá: “Receberemos em dinheiro vivo, 15 bilhões de reais”.
Agora, esses 15 bilhões passarão a apenas três. A Petrobras (ou o Tesouro Nacional, é o mesmo) terá que recolher 6 bilhões. As outras três, recolherão, num prazo ainda não determinado, nove bilhões. Portanto, sobrarão três bilhões. A mentira é facilmente localizada ou detectada. O que farão com essa miséria?
A partilha será abandonada. Apesar do que dizem os “grandes” do governo, incluindo por enquanto Dona Dilma, “esse sistema de partilha foi um sucesso, estamos satisfeitíssimos”.
Mas, ao mesmo tempo, Lobão, Mantega, Lula e Dona Dilma não escondem: “Essas regras para as próximas partilhas podem ser mudadas, serem diferentes e alternadas”.
Qual a declaração que vale? E se o ponto principal era o recebimento de 15 bilhões, porque consideram UM SUCESSO a entrada de apenas três bilhões?
DENTRO DE 3 OU 4 ANOS,
NOVO LEILÃO, SEM PARTILHA
Quando descobriram o pré-sal em 2006, começaram logo por desprezar a OPEP. O então presidente Lula afirmou: “Não precisamos de ninguém, temos petróleo e pré-sal, somos a nova potência petrolífera”.
Imediatamente, contestei, expliquei, revelei. 1 – Ninguém sabe (só depois se saberia) a que profundidade está esse pré-sal. 2 – Não se conhecem os obstáculos que terão que ser enfrentados para atingir esse petróleo-riqueza.
3 – Não existem nem equipamentos para retirada do petróleo nessa profundidade. E já surge uma “corrida” para a fabricação do indispensável para a prospecção.
4 – Fui fazer uma conferência na PUC de São Paulo, contestei tudo que diziam. Foi um assombro total, estavam sendo “orientados” pelas vozes do governo.
5 – Quando eu disse, “pré-sal só em 2020”, que logo a seguir escrevi na Tribuna impressa, surpresa colossal. A impressão, espalhada pelo governo é de que “o pré-sal era riqueza e possibilidade para AMANHÔ.
6 – Agora, o próprio governo, sem o menor constrangimento, diz em nota oficial: “O pré-sal só passara a sair do fundo do mar em 2020”. 7 – “E irá a mais de 1 milhão de barris diários a partir de 2029”.
8 – Falta muita coisa para desbaratar o governo, fica para amanhã ou depois. 9 – Para o governo e a Petrobras, um tempo impressionante de abstinência. 10 – Já o repórter pode alinhar dados, números, fatos indiscutíveis e irrefutáveis. Naturalmente, desde que pessoalmente não se relacionem com a Carteira de Identidade

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