fonte:Infomoney
No primeiro semestre deste ano, os apartamentos com até 65 metros quadrados representaram 63% do total vendido na cidade
Os altos valores praticados no mercado imobiliário da cidade de São Paulo e o novo estilo de vida do consumidor impactaram na maior demanda de apartamentos compactos (com área útil de até 65 metros quadrados) neste primeiro semestre.Conforme um levantamento do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), os apartamentos que tinham até 65 metros quadrados representaram 63% do total vendido na cidade, com mais de 14.232 unidades comercializadas. Só em agosto, esses imóveis foram responsáveis por 58,1% das vendas no mês, gerando um total de R$ 901,9 milhões.
Ainda segundo os dados do Sindicato, as vendas de apartamentos compactos aumentam a cada ano. Na comparação com agosto de 2009, por exemplo, as vendas de imóveis com até 45 metros quadrados de área útil cresceram 179,52%. Quanto aos imóveis de 46 a 65 metros quadrados, a alta chegou a 14,93%.
Acompanhando a demanda, o número de lançamentos de imóveis com área reduzida também aumentou. Em 2009, cerca de 8.300 unidades foram lançadas há quatro anos, já em 2013, o número subiu para 11.221.
Motivos
O economista da Secovi-SP, Celso Petrucci, explica que o aumento das vendas e das unidades lançadas de imóveis compactos é impulsionado por diversos fatores. Um deles é a questão do preço. “Os consumidores se atentam muito mais ao preço do apartamento que aos outros fatores, como o tamanho. Se é barato, há mais chances de conquistar seu imóvel próprio”, conta o economista.
Outro fator que Petrucci cita é o chamado “novo arranjo familiar”. Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que há mais pessoas morando sozinhas, sejam jovens solteiros, separados ou idosos. Vemos que as construtoras lançaram mais apartamentos com até 65 metros quadrados para suprir essa nova demanda”, acrescenta.
Além disso, Petrucci lembra que a facilidade do crédito imobiliário tem ajudado a aumentar as vendas dos imóveis em São Paulo. “Por mais que a percepção da economia no geral não esteja boa, o setor imobiliário continua muito bem. Temos financiamento abundante e barato”, finaliza o economista do Secovi-SP.
Fonte: Infomoney - Luiza Belloni Veronesi
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