domingo, 24 de março de 2013

BRASIL TEM POTENCIAL PARA PRODUZIR ENERGIAS LIMPAS



Café com sustentabilidade promovido pela FEBRABAN reuniu ontem especialistas em São Paulo.



O Brasil apresenta grande potencial energético. O Norte do Brasil é uma região propícia para 
geração de energia das ondas. Tem grande potencial e já se está discutindo formas de 
implantar esta tecnologia na região, segundo Segen Farid Estefen, professor e diretor da 
COPPE/UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, também PhD na Imperial College 
London e membro da Ocean, Offshore and Arctic Engineering Division, da American Society of 
Mechanical Engineers. O especialista participou ontem do 26º Café com Sustentabilidade, 
uma iniciativa da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN.
Segen trouxe detalhes de uma forma de produção de eletricidade ainda pouco conhecida pelo 
grande público: Trata-se de um projeto no Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), que utiliza as ondas do mar para a geração de energia. "A América do Sul tem um grande potencial na geração de energia a partir do oceano, e o Brasil está entre os países que podem se destacar nessa área", afirma Segen, que também coordena o Capítulo 6, sobre energia dos 
oceanos, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU.

A palestra de Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras e também professor e diretor da 

COPPE/UFRJ, destacou temas polêmicos como os impactos ambientais na construção de 
grandes usinas hidroelétricas, a importação do etanol feito a partir do milho nos Estados 
Unidos e a baixa eficiência das linhas de transmissão de energia no Brasil. “Fico espantado 
com o fato de não existir um fornecedor brasileiro de equipamentos para a geração de energia
 eólica no País”, declarou. Pinguelli Rosa é atualmente secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, uma entidade presidida por Dilma Rousseff.

Para a mediadora do evento Linda Murasawa, do banco Santander, os palestrantes trouxeram 
importantes contribuições para ampliar o conhecimento das instituições financeiras sobre os 
desafios da geração de energia limpa. “É necessário que o setor de bancos se organize para 
estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novos modelos energéticos a fim de viabilizar a 
competitividade do Brasil no mundo”, afirmou ela.


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