terça-feira, 27 de novembro de 2012

POR QUE NÓS?



Ao longo dos séculos surgem povos que por meio de invasões criam bases geográficas às custas dos outros. Onde estão os sumérios? Os macedônios?  Os celtas espalhados por muitas nacionalidades. Os egípcios e os gregos e suas culturas originais? Os bretões e os catalões que se dizem dominados por culturas alheias à suas tradições.
Nestas grandes reviravoltas nós judeus sempre fomos um povo pequeno, sem ambições de  domínio, nos amoldando onde possível às culturas que nos hospedam, mas eternamente perseguidos quando isto é conveniente para o poder dominante.
O massacre do holocausto nazista foi meramente mais um.
Em 1290 foram expulsos por Eduardo I  da Inglaterra, onde haviam chegado com os romanos. Guilherme o Conquistador os encorajara a vir em maiores números em 1066, julgando serem muito úteis para o desenvolvimento. Cromwell os convidou de volta em 1656.  Em 1492 foram expulsos pelos espanhóis onde haviam estado desde muito antes de uma consciência nacional espanhola. Franco discretamente, sem alarde os convidou de volta quando ascendeu ao poder. Também levou em conta a prosperidade que traziam.
Nenhuma adaptação em outros países parece manter os judeus a salvo. Descendentes de convertidos após muitas gerações ainda acabam perseguidos por ter um judeu encarapitado na sua árvore genealógica.
A Alemanha parecia ser um lar afetivo para os judeus, assim como fora Sefarad  (a Espanha) e não obstante foi o palco do maior de todos os massacres.
Parece para nós incrível que surja tamanha grita quando Israel sob fogo de 1.000 ogivas do Hamas é criticada por ter de atacar pontos de lançamento de foguetes incrustadas em áreas coalhadas de civis.  Por outro lado atirar em civis israelenses é permitido.
Retornar à terra de origem dos judeus como foi a fundação de Israel não é aceitável para estes defensores do Hamas. Dispor de 15% do território brasileiro para 450 mil índios é tido como lógico. Dêem-nos direito ao menos à nossa reserva nativa judia. É um pedacinho de terra do tamanho de Sergipe, coisa pouca. Por que não podemos ter nosso torrãozinho?
Assim quando algum país europeu quiser efetuar a expulsão dos judeus novamente ao menos teremos aonde ir.  Não teremos de esperar as tropas alemãs invadir os lugares como a Holanda, Bélgica e França, onde alguns de nós havíamos encontrado guarida temporária, para depois nos enviarem aos campos de concentração.
(O  escritor não sabe se são seis milhões os mortos do holocausto, mas afirma categoricamente que perdeu duas avós, um tio, dois primos e uma tia no holocausto e que não sabe ao certo o número de outros parentes de seu sangue mortos, mas que passam de vinte. )

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