27/11/2012
Ralph J. Hofmann
Caros Drs. Hocus & Pocus
Por que existe a expressão “Navegar na Maionese”.
Inocêncio di Carpaccio
Caro Inocêncio
Apesar de alegações ao contrario “Não navega na Mayonnaise” (Recusamo-nos a escrever maionese. Se profiteroles são profiteroles, se chantilly é chantilly, por que mayonnaise seria maionese?), não se originou num programa de TV da rede Globo.
Foi uma expressão cunhada pelo navegador Normando-Viking Leif du Gourmand quando estava na costa da Islândia no ano 1.000 da era comum. Após 35 dias no mar encontrou uma tremenda tempestade pela frente, com ondas enormes que ameaçavam afundar sua nave.
No porão do navio Leif levava muitas ânforas de azeite de oliva, barricas de suco de limão e dúzias de ovos imersos em gordura de ganso com o que fazia suas saladas de cebola gaulesa como bom apreciador da cozinha que era.
O movimento violento das ondas rompeu as ânforas e as barricas e apesar do cuidado milhares de ovos se romperam. O mesmo movimento misturou os três ingredientes. As ondas que quebravam sobre o costado do navio se encarregaram de adicionar sal à mistura.
Os marinheiros bombeavam água do porão para que o navio não afundasse e começaram a notar que um líquido denso e amarelado saia e ao cair no mar sendo que o seu conteúdo oleoso diminuía a ação das ondas e fazia com que o navio deslizasse suavemente sobre elas.
Dentro em breve a tempestade amainou e os tripulantes com fome começaram a preparar seus sanduíches de lingüiça e pão amanhecido. Um pão caiu no que restava da gosma amarela no fundo do porão que o encharcou. Esfomeado o marinheiro não deu bola. Quando mordeu o pão estava com um excelente sabor, nunca antes experimentado por ninguém. Preparou um sanduíche assim para o Capitão Leif. Este experimentou a iguaria e por motivos que nunca desvendaremos ao certo (talvez porque amaynasse as ondas) chamou aquilo de mayonnaise, um manjar dos deuses que também fazia reduzir o impacto das ondas.
Navegadores posteriores constataram que não era necessário usar azeite de oliva e ovos para reduzir a ação das ondas, bastando um óleo, quanto mais espesso melhor e os antigos então diziam: “Para sobreviver não é necessário navegar na mayonnaise.”
No século XX a expressão ganhou novo uso. Com as restrições ao colesterol os médicos passaram a proibir a mayonnaise. Os médicos diziam : “Se queres sobreviver não navega na mayonnaise.”
Finalmente passou a ser aceito que comer mayonnaise, pelo perigo de entupimento de artérias era um verdadeiro ato tresloucado. Assim quando alguém dizia uma total tolice tornou-se usual dizer: “Não navega na mayonnaise.”
Como a mayonnaise comercial hoje contém essencialmente amido, extrato de óleo de citronela e algum óleo de plantas estranhas que jamais comeríamos se as víssemos em folha ou grão deve surgir uma nova expressão de rejeição aos inimigos: “Espero que mergulhes nesta mayonnaise! “
Esperamos ter claros nesta exposição algo árida e comprida
Hocus & Pocus
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