sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

TRÊS SEGUNDOS SÃO MUITOS



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Antes de começar quero deixar bem claro aos leitores, que por formação, sou totalmente contrário a qualquer regime, que não  expresse a forma mais ampla a democracia.
Mas não posso deixar de fazer um comparativo entre a ditadura militar que durou 21 anos (1964/85) e o regime democrático que voga no país desde 1985, isto é, 27 anos. Vamos ver só o comecinho.roque sarney
A volta à democracia começou com alguns equívocos, as eleições foram indiretas, mas pior de tudo foi a escolha do vice presidente que faria chapa com Tancredo Neves; o maranhense José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, vulgo Sarney, que fora um dos grandes lacaios do regime anterior. Além de governador do Maranhão e senador, foi defensor do AI 5 e  por duas vezes presidente do partido governista (ARENA e depois PDS), do qual por interesse pessoal desligou-se em 1984, virando a casaca.
Foi eleito junto com Tancredo Neves, que não chegou a tomar posse. Seu governo durou 5 anos (15/3/1985 a 15/3/1990). Até a chegada do Partido dos Trabalhadores, sem dúvida alguma, foi pior presidente da história republicana.
Foi posto para fora do governo, a ponta pés e pela porta dos fundos por Fernando Collor de Melo, deixando de herança uma inflação de 3% ao dia e a cumplicidade com Ulisses Guimarães, na confecção da Constituição de 1988, que é impossível segui-la. Só para dar uma idéia; nos 10 primeiros artigos encontram-se 6 parágrafos, 144 incisos e 22 alíneas.
Como se isso não fosse suficiente, também trouxe para o poder, filhos e genro corruptos que se servem da impunidade “arrumada” pelo patriarca.
Em qualquer país medianamente sério, uma pessoa com esses antecedentes, não teria autorização, nem para governar uma carrocinha de pipoca. Mas estamos no Brasil petista, e assim, depois de 22 anos, o salafrário Sarney volta a sentar-se na cadeira presidencial no Palácio do Planalto, por ser o terceiro na linha sucessória, já que a presidente o vice e o presidente da Câmara  estarão fora do país.
Poderão dizer: “ele ficará somente 3 dias”. Para um pulha desse tipo,  até 3 segundos são muitos.

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