Célia Leão (etiqueta@abril.com.br) 01/08/2012
A poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985) dizia que feliz é a pessoa que divide o que aprende e sabe com os que estão ao seu lado. Sábias palavras, vindas de uma mulher muito simples e muito elegante também. O ato de compartilhar é uma gentileza. Há uns bons anos li uma notinha numa revista feminina que dizia que a gentileza faz bem à saúde. A nota informava que um cardiologista americano estudou as reações que os atos de generosidade e gentileza provocavam em nosso corpo. Segundo o estudo, todas as vezes que você é gentil com outra pessoa, uma reação interna faz com que você desacelere todos os seus órgãos e, dessa maneira, proteja seu coração dos males do estresse.
O profissional que, além de polido, é generoso faz um bem enorme a si mesmo e à própria carreira. Ao compartilhar seus conhecimentos e sua experiência, o generoso tende a ganhar a admiração e o respeito de seus pares e subordinados. Afinal, quem de nós não quer estar perto de uma pessoa genuinamente generosa, que joga limpo sempre e que o tempo todo divide com o time aquilo que sabe? Tendo a equipe ao seu lado, as chances de o generoso obter bons resultados aumentam.
Que delícia é ser parceiro de um líder ou de um colega que vibra de forma verdadeira a cada conquista nossa e a cada passo dado que nos deixa mais perto do sucesso. O ser humano generoso compreende que, quanto mais ele divide o que sabe com os que o rodeiam, mais ele agrega aos outros e, da mesma forma, mais ele cria possibilidades de expandir sua sabedoria, sua expertise e seu conhecimento também. Aquele que costuma agir de maneira contrária, temeroso por levar a pecha de bonzinho ou de bobão, precisa rever conceitos: dividir na vida profissional é quase sempre sinônimo de somar. Não tema que outros levem os louros da glória em seu lugar — os parceiros generosos sempre se lembram de mencionar seus mentores ou sua fonte de inspiração para o sucesso.
Os mesquinhos que não agem assim em pouco tempo despencam das alturas, pois, à medida que as pessoas percebem aproveitadores ao seu redor, tratam de se relacionar com eles de outra maneira, quase sempre numa distância polida que os coloca no lugar que pessoas assim merecem ocupar.
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