Neste vale de cá nos encontramos,
depois de tantos anos apartados,
e, sob a sombra destes velhos ramos,
amamo-nos quais dois desesperados.
depois de tantos anos apartados,
e, sob a sombra destes velhos ramos,
amamo-nos quais dois desesperados.
Que ao fim do entardecer adormeçamos
sob o farol da noite, embalsamados
sobre a relva, dois corpos nus deitados
no leito verdejante e frio dos gamos.
sob o farol da noite, embalsamados
sobre a relva, dois corpos nus deitados
no leito verdejante e frio dos gamos.
E, quando nasce a aurora e vem o sol,
beijando-nos até que o arrebol
se quede enfim atrás do antigo monte,
beijando-nos até que o arrebol
se quede enfim atrás do antigo monte,
sentimos fome, nós sentimos sede,
temos, das árvores, os frutos...vede
que perto corre aluz do luar na fonte!
temos, das árvores, os frutos...vede
que perto corre aluz do luar na fonte!
Paulo Fichtner nasceu em Porto Alegre em 1971. Formado em História e Civilização Francesa pela Sorbonne. Começou a escrever aos 14 anos de idade, com a obraCemitério. Publicou O Despertar do Paraíso (1999), Tumulto Secreto (2005), Contra o Chão e o Vento(2007) e Como quem parte (2008).
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