Carlos Newton
“Vanitas vanitatus” (vaidade das vaidades) parece ser o lema da eleição em São Paulo. Enquanto a senadora Marta Suplicy (PT –SP) diz ser responsável pela virada que levou o petista Fernando Haddad ao segundo turno (“Entrei na campanha no momento certo”) o deputado Paulo Maluf (PP-SP) se oferece para decidir a disputa, dizendo esperar um convite do PT para gravar depoimento de apoio ao petista Fernando Haddad.
Procurado em 181 países…
“Se me chamarem para gravar, eu vou”, afirmou Maluf, depois de votar no Colégio Sacre Couer de Marie, no Itaim, Zona Sul de São Paulo.
Cercado de jornalistas, Maluf brincou quando lhe perguntaram sobre a sensação de fazer campanha para o candidato do PT, seu adversário histórico na cidade. “Eles mudaram muito. Estão à minha direita. Eles defendem tanto as multinacionais, os automóveis, as geladeiras, que me sinto comunista perto deles”, ironizou o ex-prefeito.
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“HADDAD É LIMPO”
“HADDAD É LIMPO”
Maluf, procurado pela Interpol em 181 países, defendeu o voto em Haddad afirmando que o ex-ministro da Educação é “limpo”. Maluf aproveitou para elogiar Lula, dizendo que o ex-presidente “é um democrata”.
“Ele e o PT mudaram muito. Ele esteve na minha casa e fizemos um casamento com transparência, com ele e o candidato”, lembrou.
Depois de votar, Maluf disse ainda que não é possível saber agora qual o impacto do mensalão na campanha de Haddad. “Não tenho medida”, disse, acrescentando ter sido abordado em um restaurante sobre o assunto. “Eu disse: minha senhora, eu sou católico apostólico romano praticante. Não é porque tem um padre pedófilo na Paraíba ou em Alagoas ou na Irlanda que eu vou deixar de ser católico.” Para ele, se há petistas que cometeram erros, “devem ser punidos”.
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