29/08/2012
Magu
Vou propor aos leitores que se debrucem um pouco sobre uma figura de linguagem, que dá titulo ao nosso texto. Pode um “fake” (falsificação) representar uma realidade? Por incrível que pareça, eu imagino que sim. O paradoxo é um conceito absurdo, contra-senso, de disparate. Faz relações contrárias a um sujeito qualquer. Carlos Drummond de Andrade nos dá um exemplo, em A explosiva descoberta – Ainda me atordoa. Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo. Não me atrevi a classificá-la de Antítese, porque esta torna nota de comparação por contraste ou justaposição de contrários. O que não é o caso.
Parti de uma matéria que me foi enviada pelo leitor Ronnie, com um texto anexo à foto que nos serve de ilustração. Pesquisei no site da Forbes e não encontrei a capa da imagem. Mesmo assim, penso que todos (menos os beneficiados com bolsas) os brasileiros concordariam comigo. O texto é o abaixo, escrito por um Economista e Professor de Matemática, do município de Petrópolis, RJ, Geraldo Almendra que, mesmo partindo de uma fotomontagem, produziu um texto lógico, real e irrespondível. A forma do embasamento do texto pode ser falsa mas, o fundo não o é…
“Pode um cidadão eleito presidente e pertencente à classe média baixa, se tornar, em dois mandatos presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e benefícios do cargo?
A resposta é sim. O ex-presidente Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre financeiro, tendo-se como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia. Conforme amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista – a Forbes – trouxe à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos leva a concluir que a “inteligência financeira do ex-presidente” já deve ter mais que dobrado esse valor, na falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a revista.
Vou propor aos leitores que se debrucem um pouco sobre uma figura de linguagem, que dá titulo ao nosso texto. Pode um “fake” (falsificação) representar uma realidade? Por incrível que pareça, eu imagino que sim. O paradoxo é um conceito absurdo, contra-senso, de disparate. Faz relações contrárias a um sujeito qualquer. Carlos Drummond de Andrade nos dá um exemplo, em A explosiva descoberta – Ainda me atordoa. Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo. Não me atrevi a classificá-la de Antítese, porque esta torna nota de comparação por contraste ou justaposição de contrários. O que não é o caso.
Parti de uma matéria que me foi enviada pelo leitor Ronnie, com um texto anexo à foto que nos serve de ilustração. Pesquisei no site da Forbes e não encontrei a capa da imagem. Mesmo assim, penso que todos (menos os beneficiados com bolsas) os brasileiros concordariam comigo. O texto é o abaixo, escrito por um Economista e Professor de Matemática, do município de Petrópolis, RJ, Geraldo Almendra que, mesmo partindo de uma fotomontagem, produziu um texto lógico, real e irrespondível. A forma do embasamento do texto pode ser falsa mas, o fundo não o é…
“Pode um cidadão eleito presidente e pertencente à classe média baixa, se tornar, em dois mandatos presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e benefícios do cargo?
A resposta é sim. O ex-presidente Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre financeiro, tendo-se como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia. Conforme amplamente noticiado em algumas ocasiões uma conceituada revista – a Forbes – trouxe à tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos leva a concluir que a “inteligência financeira do ex-presidente” já deve ter mais que dobrado esse valor, na falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a revista.
Estamos diante de um suposto caso em que o silêncio pode ser a melhor defesa para não mexer na panela apodrecida dos podres Poderes da República, evitando as conseqüências legais pertinentes e o inevitável desgaste perante a opinião pública. Nesta semana a divulgação pelo Wikileaks de suspeitas – também já feitas anteriormente – de subornos envolvendo o ex-presidente nas relações de compras feitas pelo desgoverno brasileiro em relação a processos de licitações passados, ou em andamento, nos conduz, novamente, e necessariamente, a uma pergunta não respondida: como se explica o vertiginoso crescimento do patrimônio pessoal e familiar da família Lula? O que devem estar pensando os milhares de contribuintes que têm suas declarações de renda rejeitadas e são legalmente, todos os anos, obrigados a dar as devidas satisfações à Receita Federal sobre crescimentos patrimoniais tecnicamente inexplicáveis, mas de valor expressivamente menor do que o associado ao patrimônio pessoal e familiar do ex-presidente? A resposta é simples e direta: tudo isso nos parece ser uma grande e redundante sacanagem com todos aqueles que trabalham fora do setor público – durante mais de cinco meses por ano – para ajudar a sustentar aquilo que a sociedade já está se acostumando a chamar de covil de bandidos. A pergunta que fica no ar é sobre que atitudes deveriam e devem tomar o Ministério Público, a Receita Federal, O Tribunal de Contas e a Polícia Federal diante de supostas e escandalosas evidências de enriquecimento ilícito de alguém que ficou durante dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da República? Na falta de atitudes investigativas ou conseqüências legais, como sempre, a mensagem que o poder público passa para a sociedade é de uma grotesca e sistemática impunidade protetora de todos, ou quase todos, que pactuam com a transformação do país em um Paraíso de Patifes. No Brasil, cada vez mais, a corrupção compensa e as eventuais punições já viraram brincadeira que nossa sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder públicos e privados aprendeu: a impunidade a leva a se nivelar por baixo aceitando que roubar o contribuinte já se tornou um ato politicamente correto para que a o projeto de poder do PT – um Regime Civil Fascista fundamentado no suborno e em um assistencialismo comprador de votos – siga inexoravelmente avante. A omissão do Poder Público diante da absurda degeneração moral das relações públicas e privadas somente nos deixa uma alternativa de qualificação: estamos diante do Poder Público mais safado e sem vergonha de nossa história. A propósito, quem roubou o crucifixo do gabinete presidencial no final do desgoverno Lula?”
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