sexta-feira, 22 de junho de 2012

Execuções de PMs podem ser retaliação do PCC





São Paulo está às voltas com uma nova onda de terror. Três policiais militares foram assassinados nos últimos sete dias -- o número de execuções pode chegar a 7, dependendo da fonte. Seria uma retaliação do PCC contra a execução sumária de um dos integrantes da facção criminosa pela ROTA, o "grupo de elite"da PM paulista.
A ação da ROTA foi denunciada pelo Blog do Pannunzio, assim como as primeiras ameaças de retaliação feitas pelo PCC, que mandou baixar as portas do comércio e impediu o funcionamento de escolas da Zona Leste de São Paulo.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo nega relação entre o assassinato de policiais e a política de extermínio levada a efeito pela tropa de choque da corporação. Não é de estranhar. O secretário Antônio Ferreira Pinto tem se empenhado na defesa do emprego da violência pela PM. É dele que a corporação deve cobrar responsabilidade pela retaliação.
Ferreira Pinto deu ordens expressas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para dificultar ao máximo o acesso do MP e da imprensa ao inquérito instaurado para apurar o comportamento dos PMs que executaram o traficante que supostamente teria ligações com o PCC. Tem movido uma cruzada contra o Ministério Público, que investiga excessos cometidos pela tropa. E conseguiu que o promotor do Juri encarregado da investigação decretasse segredo de justiça sobre o inquérito, privando a sociedade de saber o  que se passa.
Apesar da negativas formais do secretário, é clara a preocupação da polícia com os ataques do PCC. De acordo com fontes da própria polícia, a organização criminosa, que promoveu uma série de atos terroristas há três anos, mudou a tática. A ordem agora não é mais fazer ataques de grande porte que gerem comoção -- é fazer ações pontuais, no molde das execuções de PMs que se verificaram esta semana.
Caso a vingança fique comprovada, estará mais uma vez provado o axioma segundo o qual violência se paga com violência.
Triste, nesse contexto, é a viuvez das mulheres dos soldados mortos, a orfandade de seus filhos e o recrudescimento da sensação de insegurança que apavora a população paulistana. Uma conta salgada demais a ser paga pela doutrina da vciolência da Secretaria de Segurança Pública do governador Geraldo Alckmin.

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