quinta-feira, 21 de novembro de 2013

OS OSSOS DO OFÍCIO


Sylo Costa
A expressão “ossos do ofício” diz respeito às dificuldades inerentes ao exercício de uma atividade, função, profissão etc. Mas existem outros tipos de ossos, também ligados ao ofício, que viraram moda: mensaleiros de todos os tipos, inclusive aqueles do PT que se dizem presos políticos na democracia deles, e de outro, que procura dedo em cabeça de cavalo pela evidência da teoria do “domínio do fato”.
Não bastasse o Vaticano anunciar que os restos mortais de São Pedro, fundador da Igreja Católica, serão expostos ao público no fim deste novembro para celebrar o encerramento do Ano da Fé, evento que contará com o popular papa Chico, aqui no Rio Grande do Sul está um furdunço com o “revival” petista da exumação dos restos mortais de João Goulart (Jango) para uma autópsia política que poderá até provar que o ex-presidente foi assassinado e, assim, se tornar um “plus” para a subversão da história.
O governador do Rio Grande, o teórico terrorista Tarso Genro (e teórico porque não se sabe dele durante a revolução), protetor do terrorista italiano Cesare Battisti, está convencido de sua reeleição se peritos que vieram de Cuba – país fornecedor de mão de obra escrava –, especialmente para demonstrar a tese do assassinato, conseguirem cumprir a missão com êxito. Todavia, se não encontrarem nenhum pozinho que tenha envenenado o ex-presidente, os experts cubanos, gente boa e teleguiada, certamente terão de enfrentar, ao regressarem à ilha, o “paredão do big brother” cubano. Os ossos de Jango podem, assim, se tornar os ossos do ofício dos cubanos.
DOIDO VARRIDO
Se no Sul temos o Tarso Genro, no Norte, além-fronteiras, temos o Maduro, doido varrido, conversando com os ossos de Chaves e presidindo a Venezuela, não de fato, mas de direito, sustentando as teses bolivarianas, verdadeiros ossos do ofício.
E, por falar em direito, esqueci que dormir de barriga cheia me causa pesadelos e, desta vez, não foi diferente: sonhei um sonho mal sonhado, tudo por causa da meia prisão dos mensaleiros.
Alguns ministros que votaram pela prisão aberta daqueles que, absurdamente, tiveram seus embargos infringentes recebidos pelo Supremo, num dia qualquer, votarão pela continuidade da prisão aberta e, aí, arranjarão um atestado de bom comportamento para Dirceus e Genoinos da vida e relaxarão a prisão de quase todos ou de todos eles. Isso é tão certo “feito boca de bode”, com votação de 6 a 5, os mesmos que votaram pelo recebimento dos embargos, com um discurso didático de duas horas do ministro Barroso e conclusão lógica: “já que está, deixa ficar”.
Depois dessa, os ministros dirão como um vereador meu amigo dos tempos de militância: “E se argum furastero de terra estranha preguntá se foi nós qui fundemo essa instituição, que nós tá inagorano, nós tudo responde com uma boca só: fumo!”. (transcrito de O Tempo)

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