Brasil Econômico - 21/11
Em meio ao choro e ranger de dentes provocado pela prisão dos mensaleiros, saiu uma nova pesquisa do Ibope sobre a sucessão presidencial de 2014. Desta vez, a presidente Dilma Rousseff seria reeleita em primeiro turno em todos os prováveis cenários. Na hipótese de enfrentar Aécio Neves e Eduardo Campos, a vitória se apresenta mais fácil: 43% contra 21%dos dois adversários.
Se Marina Silva for a cabeça de chapa do PSB, o resultado seria 42% de Dilma contra 29%da ex-ministra e do tucano. A disputa só fica mais acirrada quando a presidente tem pela frente José Serra e Marina: ela soma 40% contra 32%dos seus dois oponentes. Mesmo com a margem de erro de dois pontos percentuais, a reeleição estaria garantida no domingo 5 de outubro do ano que vem.
Ainda há muita água para rolar até lá. Mas os candidatos da oposição tem motivo para se preocupar. Depois do forte desgaste no auge dos protestos de junho, quando viu sua popularidade despencar de 60% para 30%, Dilma foi se recuperando aos poucos e dá sinais de que está refeita para o que der e vier.
Seus conselheiros e assessores contam principalmente com os programas sociais para vencer as intempéries. Acreditam que, na hora H, os eleitores das classes mais baixas,beneficiados como Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, vão votar pela permanência da presidente. Da mesma forma, eles contam como trunfo do baixo nível de desemprego e dos ganhos de renda das famílias. Essas conquistas serão creditadas novamente na conta de Lula e Dilma.
Especialistas em pesquisa afirmam que o voto a favor do governo só não vingará se a economia virar o fio. Caso se confirme a previsão pessimista do ex-ministro Delfim Netto (ex-conselheiro de Guido Mantega e da própria Dilma), o país poderá mergulhar numa tempestade perfeita em 2014 com juros em alta nos EUA, desequilíbrio fiscal, real desvalorizado e inflação acima da meta. Nesse ambiente sombrio, a água iria alimentar o moinho da oposição.
Mas, ao que tudo indica, nem a oposição acredita nessa hipótese catastrófica. Seus candidatos potenciais, de repente, perderam ânimo e iniciativa. Estão encolhidos, como se aguardassem dias mais favoráveis. Tamanha inércia fez com que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em encontro com os oito governadores tucanos em Poços de Caldas, conclamasse Aécio a lançar logo sua candidatura. “O momento é seu, Aécio. Assuma a responsabilidade”, incentivou FHC.
Não foi dessa vez, porém, que o neto de Tancredo pôs o bloco na rua. Mineiramente, deixou a definição para mais tarde: “Cumprirei meu papel, qualquer que seja ele, porque ao olhar para o lado, sei com quais companheiros eu conto”, disse Aécio, sem conseguir se desvencilhar de uma possível opção do PSDB por nova tentativa de José Serra. No PSB, o horizonte também é nebuloso.
Com a escolha do cabeça de chapa adiada, tanto Eduardo Campos quanto Marina ficaram mais fracos nas intenções de voto. Entre outubro e novembro, o neto de Arraes caiu de 10% para 7%e a ex-ministra despencou de 21% para 16%. Afinal, se a própria Marina Silva desistiu de ser candidata, por que votar nela? E por que votar no candidato que ela indica? A eleição está longe. Mas as limitações da oposição estão muito perto. Se continuar assim, Dilma Rousseff vai nadar de braçada.
SOBE E DESCE
sobe
A Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e o Serviço Federal de Processamento de Dados criaram o Portal Empresa Simples, que atenderá oito milhões de pequenos empresários. Guilherme Afif Domingos é ministro da SMPE
desce
A OAB desautorizou a declaração dada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Wadih Damous, sobre o julgamento do mensalão. A entidade afirmou que não há posição oficial sobre o assunto.
Se Marina Silva for a cabeça de chapa do PSB, o resultado seria 42% de Dilma contra 29%da ex-ministra e do tucano. A disputa só fica mais acirrada quando a presidente tem pela frente José Serra e Marina: ela soma 40% contra 32%dos seus dois oponentes. Mesmo com a margem de erro de dois pontos percentuais, a reeleição estaria garantida no domingo 5 de outubro do ano que vem.
Ainda há muita água para rolar até lá. Mas os candidatos da oposição tem motivo para se preocupar. Depois do forte desgaste no auge dos protestos de junho, quando viu sua popularidade despencar de 60% para 30%, Dilma foi se recuperando aos poucos e dá sinais de que está refeita para o que der e vier.
Seus conselheiros e assessores contam principalmente com os programas sociais para vencer as intempéries. Acreditam que, na hora H, os eleitores das classes mais baixas,beneficiados como Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, vão votar pela permanência da presidente. Da mesma forma, eles contam como trunfo do baixo nível de desemprego e dos ganhos de renda das famílias. Essas conquistas serão creditadas novamente na conta de Lula e Dilma.
Especialistas em pesquisa afirmam que o voto a favor do governo só não vingará se a economia virar o fio. Caso se confirme a previsão pessimista do ex-ministro Delfim Netto (ex-conselheiro de Guido Mantega e da própria Dilma), o país poderá mergulhar numa tempestade perfeita em 2014 com juros em alta nos EUA, desequilíbrio fiscal, real desvalorizado e inflação acima da meta. Nesse ambiente sombrio, a água iria alimentar o moinho da oposição.
Mas, ao que tudo indica, nem a oposição acredita nessa hipótese catastrófica. Seus candidatos potenciais, de repente, perderam ânimo e iniciativa. Estão encolhidos, como se aguardassem dias mais favoráveis. Tamanha inércia fez com que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em encontro com os oito governadores tucanos em Poços de Caldas, conclamasse Aécio a lançar logo sua candidatura. “O momento é seu, Aécio. Assuma a responsabilidade”, incentivou FHC.
Não foi dessa vez, porém, que o neto de Tancredo pôs o bloco na rua. Mineiramente, deixou a definição para mais tarde: “Cumprirei meu papel, qualquer que seja ele, porque ao olhar para o lado, sei com quais companheiros eu conto”, disse Aécio, sem conseguir se desvencilhar de uma possível opção do PSDB por nova tentativa de José Serra. No PSB, o horizonte também é nebuloso.
Com a escolha do cabeça de chapa adiada, tanto Eduardo Campos quanto Marina ficaram mais fracos nas intenções de voto. Entre outubro e novembro, o neto de Arraes caiu de 10% para 7%e a ex-ministra despencou de 21% para 16%. Afinal, se a própria Marina Silva desistiu de ser candidata, por que votar nela? E por que votar no candidato que ela indica? A eleição está longe. Mas as limitações da oposição estão muito perto. Se continuar assim, Dilma Rousseff vai nadar de braçada.
SOBE E DESCE
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A Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e o Serviço Federal de Processamento de Dados criaram o Portal Empresa Simples, que atenderá oito milhões de pequenos empresários. Guilherme Afif Domingos é ministro da SMPE
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A OAB desautorizou a declaração dada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Wadih Damous, sobre o julgamento do mensalão. A entidade afirmou que não há posição oficial sobre o assunto.
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