12/12/2012
Giulio Sanmartini
Não é raro, que os representantes do poder legislativo brasileiro, entrem no caminho do surrealismo, muito próximos àquele perigoso da galhofa.
Eles próprios se dividem em duas categorias, pelo valor : do grande e do pequeno clero, tomei a liberdade de juntar mais uma, è a da ordem dos mínimos, ou seja os que na são absolutamente nada, se morrerem não merecerão nem uma linha da mídia.
Pois é, num passados recente, por motivos misteriosos, vimos dois desses mínimos atingiram a presidência da Câmara dos Deputados, que os colocou em segundo lugar na linha de sucessão presidencial.
Essas duas “aves raræ” são o Severino Cavalcanti (PP-PE), que ocupou a presidência da Casa ao derrotar o candidato petista Luiz Eduardo Greenhalgh. Todavia, ficou pouco tempo no cargo, para não ser cassado por corrupção, renunciou não só ao cargo mas também a mandato de deputado. Ficou algum tempo na geladeira e hoje é prefeito da cidade pernambucana de João Alfredo. A ironia nessa história que que seu antecessor na presidência da Câmara, João Paulo Cunha, que atualmente está condenado à cadeia como mensaleiro.
O outro é o atual presidente Marco Maia (PT-RS), metalúrgico, que se tornou sindicalista, apesar de ter-se filiado ao PT em 1985, somente em 2006 conseguiu leger-se deputado federal, sendo reeleito em 2010. Seu único feito notável foi, demonstrando total falta de ética, ter usado aviões particulares para viajar nos fins de semana pelo País.(agosto de 2011).
Agora esse pascácio, teve a ousadia de ameaçar o Supremo Tribunal Federal, sobre a cassação dos deputados condenados à prisão, no julgamento do mensalão ((João Paulo Cunha, do PT-SP; Valdemar da Costa Neto, do PR-SP; e Pedro Henry, do PP-MT). Na segunda feira (10) ele afirmou: “Pode não se cumprir a medida tomada pelo STF. E fazendo com que o processo [de cassação] tramite na Câmara dos Deputados, normalmente., como prevê a Constituição. Isso não é desobedecer o STF. É obedecer a Constituição. Espero – e defendo essa tese – que o parlamento não se curve a uma decisão dessa natureza.”
Mas o ministro Marco Aurélio Mello respondeu na bucha: “Há uma ordem jurídica que tem de ser observada, e ela advém da Constituição. O guarda maior da Constituição não é o presidente da Câmara, não é o Poder Legislativo, não é o Poder Executivo. E aí vinga o primado do Judiciário. No dia em que uma decisão da Suprema Corte não for observada nós estaremos muito mal”.
Marco Maia está às vésperas de deixar o cargo de presidente da Casa, e como voltará à mediocridade, de onde jamais deveria ter saído, esta querendo aparecer para deixar uma grande impressão final. Caso seja isso, o aconselho a enfiar um espanador nas partes baixas de seu corpo, e ficar subindo e descendo a rampa do Planalto, tenho certeza que esse feito será lembrado e falado por séculos.
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