Em meio aos Alpes suíços, a família tira férias
No coração da Suíça, um dos lugares mais atraentes dos Alpes, uma antiga estação ferroviária foi transformada em residência por uma família que a adquiriu e ali desejava passar as férias. O estilo industrial da construção, no entanto, permaneceu intocado. Parte da decoração se vale das peças originais, como o grande painel de controle de ferro e a fornalha, sobre os quais está instalado o escritório. A estação Gruben, que fazia parte da linha Montreux-Berner-Oberland, data de 1904. Embora a parada esteja inativa, nos trilhos que a ladeiam, ainda circulam trens que, se requisitados, pausam na porta da atual residência. Prático.
Dois enormes transformadores de ferro aposentados separam a cozinha da sala de jantar. No primeiro ambiente, a mobília de aço inoxidável feita sob medida – projetada pela arquiteta e proprietária, Antonie Bertherat-Kioes – contrasta com o grande balcão de madeira, rodeado por banquetas diversas. Pendem do alto lâmpadas Mold, da Eternit. Ali, foi criada uma nova entrada, seguindo os moldes das esquadrias originais. Na sala de jantar, imperam a mesa e as cadeiras de madeira projetadas por George Nakashima. Sobre o conjunto, grandes lustres negros do tipo Skygarden pendem do teto, metros acima. Ao fundo, uma fotografia do suíço Balthasar Burkhardt decora o espaço.
As paredes e o telhado de madeira foram pintados de branco. Por todos os lados, grandes janelas com o topo circular revelam o entorno campestre. A casa está implantada em um local idílico, rodeado por seis lagos, vales cheios de pinheiros, picos rochosos e prados verdes. Um antigo celeiro pode ser avistado da sala de estar. Neste ambiente, o sofá em "L" com estofado marrom é assinado por India Mahdavi, como a mesa. Atrás do conjunto, um quadro de Ugo Rondinone ocupa toda a parede.
Para atingir o segundo pavimento, é preciso escalar a nova e moderna escada de pinho que leva aos quartos. Na suíte principal, duas peças de George Nakashima fazem papel de mesas de cabeceira. Os retratos são de Erich Bieler, e as luminárias decorativas, de Charlotte Perriand. Numa pequena área de trabalho, a mesa de Michel Boyer foi unida a duas pinturas de John Armleder e às miniaturas o início do século passado. O banheiro se apresenta externamente como uma caixa de madeira. No interior, a combinação de concreto e madeira dá um ar sóbrio ao espaço. O destaque decorativo no quarto das meninas é o acabamento das camas, a moldura de pinho. O banco amarelo também é de India Mahdavi.
Via Elle España
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