Sétimo filho do chefe de uma equipe de mineiros, Henry Moore teve uma infância feliz graças à personalidade forte e incentivadora de seus pais. Ainda em Castleford, Yorkshire, onde nasceu, Moore já lecionava na escola onde aprendeu a ler e escrever. Aos 17 anos alistou-se e foi o caçula de seu regimento, o Prince of Wales Civil Service Rifles.
A lembrança que ele conservou da guerra não foi traumática como para tantos outros soldados. Ele dizia que tudo se passou como numa névoa, onde nada era muito real, dominado pelo romantismo de se tornar um herói. Em Cambrai, na França, ele foi envenenado com gás, mas recuperou-se muito bem e terminou a guerra como instrutor de recrutas.
Ao fim da guerra voltou para sua escola em Castleford, mas por pouco tempo. Recebeu do governo uma bolsa para a Escola de Arte de Leeds onde logo foi reconhecido como um aluno acima da média. E em 1921 recebeu a bolsa que mudou sua vida, para o Royal College of Art de Londres.
São suas palavras: “Estava como num sonho, excitadíssimo. Na primeira viagem num daqueles ônibus abertos eu olhava em torno e parecia que estava viajando pelo céu. A sensação era que o ônibus flutuava no ar...”
Moore aproveitou tudo que pode das oportunidades que Londres lhe oferecia. Frequentava os museus assiduamente. Nesse seu primeiro ano em Londres foi a Paris com um colega e lá também se extasiou com o que viu no Louvre e nas ruas.
Ganhou uma bolsa de viagem e escolheu ir para a Itália onde se apaixonou tanto pelas obras clássicas greco-romanas que na volta custou a se libertar do que vira, teve uma espécie de bloqueio. Ainda bem que de curta duração.
Em 1926, quando de sua primeira exposição individual, ele foi muito feliz pois alguns dos compradores de suas peças foram nada menos que Jacob Epstein e Augustus John, artistas de muito renome e peso. Nessa ocasião, Epstein recomendou Moore como artista para uma escultura destinada ao novo Centro Administrativo do metrô londrino.
Era o início de uma longa carreira como um dos maiores escultores do século 20.
A Madona e o Menino: escultura feita por encomenda para a Igreja de São Mateus, Northampton, Northamptonshire, Inglaterra, entre 1943/44.
Em pedra de Hornton, mede 149.9cm, retrata Maria como mulher determinada, protetora de sua Criança. A Madona olha para a porta de entrada da Igreja, como a encarar quem vem lá. Já o Menino, é preciso ficar diante da estátua para olhar seu rosto.
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