
“Mesmo considerando que a recuperação da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia.”
Traduzindo para a linguagem de um carpinteiro: para não correr o risco de martelar o dedo, a turma do BC segura o cabo do martelo com as duas mãos. Por um lado, reconhece que sua política monetária não produziu o PIB dos seus prognósticos. Por outro, admite que não lhe resta senão continuar manusendo a tesoura, “com parcimônia.”
O vocáculo “parcimônia” já esteve presente em atas anteriores. Nas reuniões seguintes, os mandarins do Copom passaram na lâmina 0,5 ponto percentual. Assim, os decifradores de enigmas do BC intuem que, no encontro de agosto, a taxa de juros passará dos atuais 8% para 7,5% ao ano. Desde a criação do Copom, em 1996, é coisa nunca antes vista na história desse país.
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