sexta-feira, 15 de junho de 2012

As razões de Tourinho Neto: “agora a poeira assentou” e jogos de azar são “um ilícito menor”


Adriana Vandoni

Para justificar a concessão do HC, o desembargador Tourinho Neto disse que agora a situação é outra diferente do momento em que a prisão foi decretada. Agora “a poeira assentou. A excepcionalidade da prisão preventiva já pode ser afastada.”
Para o desembargador, como a quadrilha foi desmantelada e as máquinas de jogo foram apreendidas, não há como Cachoeira voltar a cometer o mesmo crime. Ou seja, esses pouco mais de 100 dias funcionaram como uma espécie de purificação do contraventor.
Outra alegação de Tourinho Neto é que Cachoeira não poderá sequer participar das eleições como financiador de campanhas, pois os políticos, diz o desembargador, “estão fugindo dele como se fosse um leproso”. Além disso, com a instauração da CPMI e a vigilância da imprensa, “que conduz o povo para o bem e para o mau, como poderá o paciente [Carlinhos Cachoeira] abrir novas casas de jogo?”, argumenta Tourinho Neto para logo em seguida responder: “Impossível”.
O desembargador alegou também que jogos de azar não constituem crime, mas apenas uma contravenção, “um ilícito menor”.
Diante dos fatos expostos, Tourinho Neto conclui: “não há razão nenhuma para que Carlinhos Cachoeira continue preso”.

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