A defensora pública Eufrásia Maria Souza das Virgens, celebridade-instantânea do Rio por dar entrada num pedido de habeas corpus preventivo e coletivo para impedir que a PM aborde e leve para delegacia suspeitos, incluindo assaltantes, que não sejam pegos em flagrante durante os arrastões, é petista. Quem poderia imaginar?
Ela é militante e ativista da causa da Bancada do Champinha, que quer impedir a redução da impunidade penal para crimes hediondos como homicídio e estupro. Ela é doadora de campanha do petista Alessandro Molon. E ela ganha R$ 43.780,25 de salário mensal segundo post do Felipe Moura Brasil da Veja (http://abr.ai/1LOSPQ1), com estabilidade, férias, décimo-terceiro e sabe-se lá quantos benefícios mais. Dilma Rousseff ganha R$ 26 mil. Um ministro do STF, que recebe em tese o teto do funcionalismo público, ganha R$ 33 mil.
Com mais de meio milhão de salário anual, estabilidade no emprego e aposentadoria integral, Eufrásia Maria Souza das Virgens é, por qualquer medida, parte de uma elite privilegiada que exclui mais de 99% dos brasileiros. E acredita que seu trabalho como defensora pública inclui o constrangimento do policiamento e a manutenção da lei que trata homens de 17 anos e 11 meses como crianças inocentes e quase inimputáveis.
Já Edith Rodrigues Leal, a moradora de Nilópolis que foi assaltada no Arrastão, não é protegida por ninguém a não ser por ela própria, por sua família e sua comunidade. E é por ela que nós, liberais, temos que lutar.
Edith é assaltada todos os dias pelo estado brasileiro. Ela trabalha quase metade do ano para pagar impostos e recebe em troca serviços públicos inqualificáveis, dos piores do mundo. E quando ela sofre uma violência, uma marajá que recebe uma fortuna por mês dos impostos pagos por Edith corre para a delegacia para defender os suspeitos do crime que a moça de Nilópolis foi vítima. Está tudo errado.
A esquerda adora falar em luta de classes e ela realmente existe. A classe de privilegiados e abastados como Eufrásia, que vivem numa redoma de ideologia e blindada dos riscos que Edith enfrenta diariamente para viver, está roubando seu futuro.
O Brasil precisa decidir: ou é o país que trabalha para sustentar as Eufrásias ou é o país que luta para que Edith possa trabalhar, sonhar e ser feliz.
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